Correio de Carajás

PM mata homem em bar, mas é baleado por colega

O policial cometeu o crime em um bar movimentado da cidade, mas havia outro PM junto com a vítima, que não contou conversa e mandou bala no assassino

A Divisão de Homicídios de Altamira apura um crime de homicídio registrado por volta de 22h de domingo (13) em um bar da cidade. O cabo da Polícia Militar, Clenilson da Silva Mota, é acusado de matar a tiros o empresário identificado como Erisvaldo de Moura Franco, o “Periquito”.

A vítima se encontrava no Bar da Maria, na Rua Madre Tereza de Calcutá, no Jardim Independente II. O ambiente estava lotado de clientes quando o policial militar Clenilson Mota chegou ao local, se aproximou da vítima e a matou com vários tiros. Ao lado da mesa, havia outros policiais militares e um deles reagiu. O crime foi registrado por uma câmera de vigilância instalada no estabelecimento comercial.

Cabo Mota cometeu o crime na presença de testemunhas, mas acabou baleado

Ao testemunhar o assassinato, o PM Heriksen Bragança Cabral, que estava armado, reagiu em legítima defesa de terceiros para neutralizar o autor dos disparos e baleou o colega de farda, cabo Mota. Ele foi socorrido ao Hospital Regional Público da Transamazônica em estado grave. Uma cliente também ficou ferida por um tiro. Ela recebeu atendimento médico e passa bem.

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Guarnições do 16º Batalhão de Polícia Militar foram deslocadas para a cena do crime. Uma equipe do Centro de Perícias Científicas e investigadores da Divisão de Homicídios de Altamira iniciaram perícia e investigação sobre o ocorrido.

Uma rixa antiga entre os dois pode estar por trás do crime. Segundo familiares do empresário, os dois homens tiveram ao menos cinco encontros desagradáveis. No último deles, o cabo Mota teria dado um soco no olho de Erisvaldo. No entanto, a autoridade policial responsável pela condução do inquérito, o delegado Davi Flávio, ainda não se pronunciou sobre o início dos trabalhos investigativos.

O Comando local da Polícia Militar foi acionado e recebeu a custódia flagrancial do policial militar que ocasionou a morte da vítima. As armas de fogo utilizadas na ação foram apresentadas espontaneamente pela Polícia Militar que lamenta os fatos ocorridos e em seguida encaminhados ao Instituto de Criminalística. (Antônio Barroso/freelancer)