Correio de Carajás

PM é preso acusado de assalto ao BB de Cametá

Cabo Xavier foi preso sob suspeita de participar do planejamento e da execução do assalto/Divulgação

O dia de ontem (3) foi agitado na cidade de Tucuruí, Região dos Lagos. A Polícia Civil um policial militar, identificado apenas como “Cabo Xavier”, suspeito de integrar o bando criminoso que assaltou o Banco do Brasil em Cametá. O caso se registrou no dia 2 de dezembro do ano passado, provocando uma noite de terror que abalou toda a cidade, que fica localizada no nordeste paraense.

De acordo com informações da Polícia Civil, o cabo é o segundo envolvido no assalto e a ser preso. O primeiro suspeito havia sido preso no Tocantins, ainda em dezembro. A prisão do policial foi feita por policiais da Divisão de Repressão e Combate ao Crime Organizado, que estavam acompanhados por representantes da Corregedoria da PM.

Conforme as primeiras informações que chegam ao conhecimento da Imprensa, as investigações indicam que o PM participou diretamente do planejamento e também da execução do assalto.

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A operação desta terça-feira contou com apoio da Superintendência Regional do Baixo Tocantins, Superintendência Regional do Lago de Tucuruí e a corregedoria da Polícia Militar.

Como foi o assalto

Criminosos fortemente armados assaltaram uma agência bancária do Banco do Brasil, usaram explosivos e fizeram reféns. Uma pessoa morreu e outra ficou ferida. A quadrilha era composta por pelo menos 10 criminosos que tomaram as ruas de Cametá, a 235 km de Belém.

A agência do Banco do Brasil de Cametá foi destruída pelos assaltantes

Os assaltantes abordaram pessoas que estavam na praça em frente à agência bancária e as usaram como escudo humano. O grupo cercou o Batalhão da Polícia Militar na cidade para isolar os policiais e praticar o assalto. Toda a ação criminosa durou mais de uma hora. Mas o ataque ao banco foi um fiasco, porque os criminosos erraram o cofre.

O próprio governador Helder esteve em Cametá acompanhando as investigações
 

“Novo cangaço”

Esse tipo de assalto é denominado de “novo cangaço”, modalidade que inclui assaltos simultâneos e ataques a quartéis e agências bancárias, realizados por pessoas organizadas e fortemente armadas.

De acordo com o historiador Fabrízio Franco, pesquisador da criminalidade no período da Primeira República do Brasil, essa expressão remete à época do “cangaço”, composto por grupos de criminosos errantes do sertão nordestino, que iam de povoado em povoado, fazenda em fazenda, realizando assaltos. “Eram grupos organizados, preparados e violentos”, explicou, em entrevista ao site “nsctotal.com.br”.(Chagas FIlho)