Correio de Carajás

PM de Morada Nova prende assassino de policial e especialista em assalto a banco

Em 2007, o homem participou de um grande assalto ao Banco Basa, em Nova Ipixuna, e é apontado como um dos assassinos de Naelson Carvalho da Paixão

Antônio “Bina” participou de um assalto ao Basa de Nova Ipixuna em 2007 e é apontado como um dos assassinos do PM Naelson Carvalho da Paixão

Antônio Ferreira Figueredo, o Bina, de 54 anos, conhecido como especialista em assalto a bancos e detentor de uma extensa vida criminal, foi preso pelos policiais militares do 13º Posto Policial Destacado (13º PPD) de Morada Nova, em Marabá, após fugir do município de Jacundá.

Em 2007, ele participou de um grande assalto no Banco Basa, em Nova Ipixuna, e é apontado como um dos assassinos do policial militar Naelson Carvalho da Paixão.

Na tarde de quinta-feira (18), em Jacundá, ao lado de José Daniel Leite de Araújo, Bina planejava cometer um roubo na cidade quando sua ação foi frustrada por policiais. A dupla, no entanto, conseguiu escapar das autoridades daquele município.

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Após a fuga, as Polícias Civil e Militar de Jacundá entraram em contato com a equipe policial do 13º PPD, comandada pelo 3º sargento Morais e composta pelo cabo Lucas, soldados Maxwell e Da Costa. Agindo rápido, os militares conseguiram interceptar um automóvel Chevrolet Prisma em que os suspeitos estavam, na altura do KM 15 da PA-150.

Com eles foram encontradas peças de roupas e botinas de estilo militar, além de aproximadamente R$ 3,9 mil em dinheiro e dois celulares. Na busca realizada em um endereço na cidade, os policiais militares encontraram duas armas de fogo de uso restrito e munições.

Peças de roupas e botinas de estilo militar e cerca de R$ 3,9 mil em dinheiro foram encontrados com os suspeitos

Pouco depois, as equipes de PM e PC de Jacundá se uniram à de Morada Nova na condução da prisão, levando os suspeitos até a Delegacia daquele município. De acordo com informações da polícia, Bina e José Daniel já eram alvo de monitoramento pelo serviço de inteligência.

O armamento foi encontrado em um endereço fornecido por Bina

ESPECIALISTA EM ASSALTO A BANCO

Antônio Ferreira Figueredo tem um mandado de prisão em aberto, emitido pela Justiça do Maranhão em maio deste ano, pelo crime de roubo e triplo homicídio. Neste último caso, ele foi condenado a 30 anos de prisão. Essa, entretanto, é só a ponta do iceberg que é sua vida de crimes.

Em março de 2007 o Correio noticiou o assalto ao Banco Basa, em Nova Ipixuna. Naquela ação criminosa o gerente do estabelecimento foi mantido refém sob a mira de armas e depois liberado em uma vicinal.

O PM Naelson Carvalho da Paixão perdeu a vida em 2007, durante o assalto ao Banco Basa/Foto: Arquivo Correio

A ação ousada durou cerca de 45 minutos e contou com cerca de sete homens, que roubaram R$ 160 mil do estabelecimento bancário, alto inédito na cidade naquela época. Bina fazia parte do grupo criminoso.

O soldado Naelson Carvalho da Paixão, de 35 anos, estava de guarda em frente à prefeitura da cidade e foi alvejado pelos assaltantes que já chegaram no local atirando. “Ele não teve a mínima chance de defesa. Foi pego desprevenido e, para nós, é um herói, porque deu a vida pela sociedade”, disse, naquele momento, o coronel Saraiva.

Anos depois Marabá viveria um roubo grandioso, com características da mecânica criminosa conhecida como “Novo Cangaço”. Mas naquela época, o crime tomou grandes proporções na região e o assalto foi tido como cinematográfico. A polícia montou uma força tarefa na busca pelos suspeitos, duas equipes da Companhia de Operações Especiais, uma da Delegacia de Repressão Contra o Crime Organizado, três policiais peritos de Belém e um helicóptero Estrela Azul, da PM, foram mobilizados na caça aos suspeitos.

Já em abril de 2010, Bina foi preso, na cidade de Imperatriz, distante 230 km de Marabá, depois de passar três meses foragido do sistema prisional de Marabá.

De acordo com informações da PM, a vida criminosa de Antônio Bina passa pelo Maranhão e Tocantins. Ao longo dos anos ele teria assaltado até mesmo um avião, que transportava valores. Para os policiais do 13º PPD, ele contou que teria faturado R$ 2 milhões por sua participação neste crime. Ele também teria roubado 15 quilos de ouro em outra situação.

(Luciana Araújo e Antônio Barroso (freelancer), com informações da PM)