Deve ser definido ainda nesta quinta-feira (14), o destino do sargento da reserva remunerada do Exército Brasileiro, Josué Pereira Azeredo. Ele é acusado de ter matado duas mulheres e baleado outras duas pessoas em um bar no Bairro Araguaia, no dia 3 de abril de 2022, em Marabá. O Plenário do Salão de Julgamentos está lotado desde o início da manhã para acompanhar as argumentações e desfecho do caso rumoroso.
Preso desde o dia 1º de abril de 2023, o militar começou a ser julgado no dia 23 de maio deste ano, no Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes, quando quase ao término do júri houve um desentendimento entre a promotora criminal Cristine Magela e os advogados criminalistas que defendem o sargento por conta de um requerimento em torno da sanidade mental dele.
Os advogados Railson Campos, Arnaldo Ramos e Carlos Lobo defenderam, em maio, que o militar sofria de distúrbios mentais a ponto de requererem que fosse inserido ao processo um pedido sanidade mental e assim ele poderia ser apontado como inimputável para, numa eventual condenação, receber uma medida de internação hospitalar.
Leia mais:Houve divergência entre as partes e o ápice do debate se deu às 14h52 minutos quando juiz Wanderson Ferreira Dias indeferiu o pedido da defesa quanto à sanidade do militar.
“Este juízo indefere o requerimento da defesa quanto ao reconhecimento da imputabilidade do réu, pois não há nos autos nenhum documento médico capaz de comprovar tal alegação, ressaltando ainda que já foi indeferida a instauração de incidente de insanidade mental durante a instrução processual”, afirmou o magistrado à época do primeiro julgamento.
PEDIDO NEGADO
Após essa decisão, que não agradou em nada a defesa, os advogados, então, requereram a dissolução do conselho de sentença e que o magistrado marcasse outro julgamento, pedido este que foi negado pelo juiz.
A celeuma prosseguiu até que os advogados criminalistas, às 15h14 abandonaram o júri, razão pela qual o julgamento foi suspenso. O juiz Wanderson Dias marcou um novo julgamento para amanhã, dia 14 de novembro. De lá para cá, o réu segue preso.
Por fim, o juiz Wanderson Dias mandou oficiar a Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção Marabá, para apurar a conduta dos advogados durante o tribunal do Júri.
NOVA ARGUMENTAÇÃO
Já no julgamento de hoje, os advogados Arnaldo Ramos e Wandergleisson Fernandes defendem negativa de autoria e estão apresentando ampla argumentação técnica para tentar provar essa tese.
Por outro lado, na acusação, o promotor Gerson França afirma que o sargento Josué Azeredo é, sim, o autor dos disparos que mataram as duas mulheres e tentaram contra a vida de outras duas pessoas. Junto com ele, está o assistente de acusação advogado Thiago Alves.
(Da Redação)