Correio de Carajás

Piracema chega ao fim com mais de 380 kg de pescado apreendidos em Marabá

Temporada de pesca está autorizada a partir desta quarta-feira, 1

Do total, 294 quilos do pescado apreendido estava sendo comercializado no município/ Fotos: SEMMA (divulgação)

Após os quatro meses de Piracema – período de reprodução dos peixes – a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Marabá divulgou o balanço do período do defeso, que foi de novembro de 2022 a 28 de fevereiro de 2023.

Durante esses quatro meses foram apreendidos 386 quilos de pescado, sendo que desse total, 294 quilos estavam sendo comercializados no município. Os três proprietários autuados durante a fiscalização estão respondendo processo administrativo por venda ilegal de peixe em período proibido, e foram multados, no total, em R$ 7.930,00.

6.675 metros de malhadeira e 105 apetrechos utilizados na pesca também foram apreendidos

De acordo com Paulo Chaves, coordenador do Departamento de Fiscalização Ambiental (DFA), durante a Piracema a Secretaria tem uma equipe específica, que fica todo dia, somente para atuar no período do Defeso nos dois rios, Itacaiunas e Tocantins.

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“São quatorze servidores, entre fiscais, técnicos ambientais, motoristas e pilotos de embarcação. Além disso, contamos sempre com o apoio da Guarda Municipal, através do Grupamento de Proteção Ambiental”, explica Paulo.

Durante as fiscalizações, a Semma conta com o apoio da Guarda Municipal, através do Grupamento de Proteção Ambiental

Além do pescado e das multas, a equipe realizou 47 abordagens e apreendeu 6.675 metros de malhadeira, 105 apetrechos utilizados na pesca.

Paulo ressalta que a fiscalização consiste em monitorar o transporte e o comércio do pescado em todo território do município. “O Rio Tocantins se torna o local com maior incidência de atos ilícitos, no que diz respeito à colocação de malhadeiras. Por isso, a fiscalização é diária e constante”, diz, afirmando que a Semma também recebe denúncias da comunidade e de órgãos como o Ministério Público do Pará.

Mais de 11 mil quelônios foram soltos na região, no período da piracema

Ao apresentar um balanço sobre a última temporada da Piracema, o coordenador afirma que está dentro da média a quantidade de pescado e apetrechos apreendidos, se comparados com o ano passado. “Na quantidade de malhadeiras tivemos uma redução de mais de 30%, o que demonstra uma diminuição na incidência de pesca ilegal dentro dos rios no perímetro de Marabá”, conclui.

Por fim, Paulo destaca uma notícia positiva. Durante a piracema foram soltos mais de 11.300 quelônios na região. (Ana Mangas)