Correio de Carajás

PF vai usar até drones para fiscalizar eleição em Marabá

Polícia Federal começa a usar os equipamentos de longo alcance na noite anterior à eleição, para fiscalizar derramamento de santinhos na madrugada

Juízes e promotores eleitorais realizaram reunião com membros das forças de segurança para discutir estratégias para garantir normalidade no dia da eleição

Na noite desta quinta-feira, 29, uma reunião entre membros das forças   segurança ultimou os detalhes e posicionamento estratégico de cada órgão para que o processo eleitoral seja o mais transparente e tranquilo no próximo domingo, 2 de outubro.

A reunião foi realizada na sede do Fórum Eleitoral de Marabá, discutindo estratégias de integração e policiamento entre as forças de segurança nos municípios de Marabá, Bom Jesus do Tocantins e Nova Ipixuna. Estiveram presentes representantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano, Polícia Rodoviária Federal , Corpo de bombeiros e Polícia Federal.

Presente à reunião, a Reportagem do CORREIO DE CARAJÁS conversou com o juiz da 100ª Zona Eleitoral, Aidison Campos Souza, que explicou que será instalada uma central de monitoramento com membros de todos os órgãos de segurança, que funcionará dando enfoque aos pontos mais sensíveis dos municípios, onde há um contingente maior de eleitores, objetivando promover uma organização de segurança integrada entre as instituições.

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Sobre o costumeiro derramamento de santinhos, o magistrado explica que além da atividade de prevenção, mantendo meios de comunicação entre o Ministério Público e a Zona Eleitoral, o grande diferencial desta eleição será o monitoramento com drones da Polícia Federal, a partir da madrugada que antecede o pleito, para facilitar a fiscalização e a identificação, visando punir a prática, prevista como crime de cunho eleitoral.

A promotora de Justiça da 100ª Zona Eleitoral, Alexssandra Muniz Mardegan, explica que o uso de veículo aéreo não tripulado e controlado remotamente é um recurso que partiu da Polícia Federal e veio para somar na contribuição da vigilância.

Juízes Aidison Campos e Manoel Antonio de Macedo e as promotoras eleitorais Alexssandra Mardegan e Lilian Viana Freire

Ambos concordaram que apesar de algumas denúncias no Tribunal de Justiça Eleitoral e no aplicativo Pardal, disponibilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a todos os brasileiros, as irregularidades nas campanhas e propagandas deste ano têm sido poucas. As que acontecem foram notificadas pelo Tribunal Eleitoral (TRE) e recebem um prazo para serem modificadas ou retiradas: “São muito poucas, situações bem individuais”, desta a promotora.

Na avaliação dos dois, com relação às últimas eleições, esse quesito tem sido fraco. A promotora dá ênfase no fato de que as eleições gerais têm uma conotação diferente das eleições municipais. De acordo com ela, embora estejamos em um contexto de eleição bastante polarizada, surpreendentemente a avaliação da campanha é positiva”.

O monitoramento das campanhas nas redes sociais e das denúncias são fiscalizadas por Belém. Alexssandra Mardegan esclarece que, como são eleições gerais, a maioria são ações do TRE-PA: “As checagens das propagandas no meio digital não são feitas no âmbito da zona municipal, mas do Tribunal Regional Eleitoral, diz, elucidando que o procedimento feito na esfera municipal é identificá-las e repassá-las para ao tribunal.

O juiz Adison informa que há equipes em tempo integral no pleito eleitoral específicas para essas verificações. De acordo com ele, nenhuma denúncia de Marabá foi repassada, dando ênfase de que nenhum tipo de propaganda ou campanha irregular na internet foi reportado nos grupos que competem tais análises ou ao MPPA.

“O que tem ocorrido aqui é a questão de propaganda em propriedade particular e em veículos que desobedecem ao padrão estabelecido por lei, como, por exemplo, exceder o tamanho ou colocar a propaganda em um muro particular. Mas em casos assim, eles são notificados e posteriormente retirados”, acrescenta. (Thays Araujo)