A Polícia Federal, com apoio da Funai, deflagrou, na quinta-feira (1), operação de combate a crimes ambientais e de extração ilegal de minérios na Terra Indígena Kayapó, no município de Bannach.
Um homem, identificado como gerente de um dos garimpos, foi preso em flagrante. Outros responsáveis já foram identificados.
Na região conhecida como “Garimpo da Pista Branca”, foram fechados três garimpos de ouro clandestinos, inutilizadas três escavadeiras hidráulicas, seis motores, várias estruturas de apoio, seis motos, um caminhão carregado com materiais de garimpo e uma balsa de extração de minério que funcionava no leito do rio. A inutilização é feita sob previsão legal, quando não há meios de retirar o equipamento do local, de forma a não permitir que o material seja reutilizado no crime.
Leia mais:Essa foi a segunda ação da Polícia Federal na mesma região em menos de três meses, já que em maio deste ano foi realizada operação na área com o fechamento de outros três garimpos ilegais.
A terra Kayapó faz parte das áreas indígenas a sofrerem desintrusão por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), sendo uma das mais devastadas do país, pela ação indiscriminada dos garimpeiros.
A ação desta quinta-feira dá continuidade a uma série de operações programadas para serem realizadas pela Polícia Federal ao longo do ano, que irão anteceder a desintrusão determinada pelo STF.
Há duas semanas, foram fechados seis garimpos de ouro e cassiterita na operação Aurum Protectio, deflagrada pela Polícia Federal, com o apoio do IBAMA. O objetivo era coibir crimes ambientais na região do Distrito da Taboca, município de São Félix do Xingu, no sudeste do Pará.
Os seis garimpos exploravam ouro e cassiterita ao mesmo tempo. Eles estavam localizados no entorno e no limite da terra indígena de Apyterewa, que recebeu grande operação de desintrusão de invasores no final do ano passado.
Os trabalhadores do garimpo viviam de maneira improvisada, em barracões de lona, sem portas ou paredes, com banheiros inadequados, água imprópria para consumo e condições precárias. As provas colhidas no local serão usadas no inquérito para o indiciamento por redução de trabalhadores à condição análoga à de escravo.
Ninguém foi preso, mas os responsáveis pelas atividades ilícitas e proprietários das áreas foram identificados e serão responsabilizados também por crimes ambientais e usurpação de bens da União.
A operação também fez parte da série de ações para cumprir decisão do STF.
(Ascom/ PF)