O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) foi acionado, na última semana, por uma pessoa em situação de rua denunciando o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) de Parauapebas, sob a justificativa que sua companheira não foi acolhida no local, ainda que cumpra os requisitos para tal.
De acordo com a denúncia, o homem relatou que a companheira havia sido levada ao hospital pela Assistente Social para realizar um cadastro, que poderia resultar em um acolhimento no Centro POP – mas acabou não acontecendo.
Ele afirmou que, enquanto moradores de rua no Hospital Geral de Parauapebas (HGP) e no “pé-inchado” – como são conhecidos os locais onde eles costumam se aglomerar – aguardam pelas vagas no Centro, pessoas que tem condições financeiras e familiares ocupam os alojamentos – motivo pelo qual não há mais vagas.
Leia mais:Acrescentou também que o local não tem políticas voltadas para garantir o emprego e renda para as pessoas em situação de rua que estão sendo acolhidas e, após um tempo no alojamento, elas retornam às ruas sem renda e suporte.
O Correio de Carajás procurou pela Prefeitura, solicitando um posicionamento e questionando quantas vagas são disponibilizadas no Centro e quantas delas estão ocupadas, além de questões sobre o procedimento a ser seguido por quem pretende uma vaga e quem pode solicitá-la.
Foi perguntado, também, se são desenvolvidas atividades que possam encaminhar as pessoas atendidas ao mercado de trabalho e se existem outras formas de assistência que o Município ofereça além do abrigo, no entanto, não houve resposta até o momento da publicação desta reportagem. (Clein Ferreira)