Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) desenvolveram um biomaterial a partir de ossos de boi que podem ser utilizados como enxerto para humanos em procedimentos ortopédicos e odontológicos.
“O biomaterial está em fase de certificação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os pesquisadores estão, neste momento, buscando parcerias com fábricas no Brasil ou no exterior para a produção do biomaterial em larga escala, o que renderá para a Universidade o pagamento de royalties”, informou a universidade em nota.
O projeto teve patente concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).
Leia mais:O professor Breno Valentim Nogueira, do Departamento de Morfologia da Ufes, foi o orientador do projeto, desenvolvido pelo estudante Rodolpho José da Silva Barros, e explicou que o material é desenvolvido “a partir de tecido ósseo bovino descelularizado, liofilizado [processo de sublimação da água] e enriquecido com hidrogel contendo substâncias estimulantes próprias do tecido ósseo”.
O material possui preço acessível, de acordo com a universidade.
A Ufes espera que o licenciamento para produção do material possa gerar pagamento de royalties para a universidade.
“O projeto de pesquisa levou à criação da startup BioBone, que está incubada no Espaço Empreendedor da Ufes. A BioBone assinou contrato de transferência de tecnologia com a Ufes e, através de investidores, já realizou o depósito da patente (processo que precede a concessão da patente) também nos Estados Unidos, México, Canadá, União Europeia, Israel, Japão, Coreia, China e Hong Kong”, informou a Ufes.
(CNN Brasil)