Correio de Carajás

Pesquisador de Marabá apresenta dados da região em painel da COP30

Daniel participou de painel da ‘green zone’ e no dia 19 estará na ‘blue’/ Foto: Reprodução
Por: Luciana Araújo

O pesquisador Daniel Nogueira da Silva, que atua em Marabá pela Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), foi destaque na terça-feira (11), ao participar de um painel sobre bioeconomia no Pavilhão Pará, na ‘green zone’ da COP30, em Belém. O espaço foi promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Pará (Fapespa) e reuniu pesquisadores de diversas instituições do Estado.

Mesmo não sendo natural de Marabá, Daniel tem desenvolvido importantes pesquisas na região e representa a Unifesspa em projetos voltados ao desenvolvimento sustentável da Amazônia. Na COP30, ele integrou o debate que apresentou resultados da Rede Pará de Bioeconomia, iniciativa coordenada pela Fapespa desde o ano passado e que envolve universidades como a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).

Para o Correio de Carajás, o pesquisador explicou que a rede busca compreender o alcance e o impacto da bioeconomia no Estado. “Ela é uma estratégia fundamental para geração de renda e soberania alimentar, mas ainda não sabemos exatamente qual o tamanho dela no Pará. O painel foi um espaço para discutir isso e compartilhar resultados iniciais das pesquisas”, afirma.

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Daniel destaca ainda a importância de associar o tema à agenda climática, por meio do Observatório de Políticas Públicas de Mitigação e Adaptação Climática (PPMAC).

“Ao longo deste ano, realizamos estudos junto a comunidades e assentamentos da reforma agrária para entender como produzem dentro da bioeconomia e de que forma as mudanças climáticas têm afetado suas atividades”, detalha.

Segundo ele, participar da COP30 é uma oportunidade de mostrar o papel da Unifesspa e da pesquisa feita no sul e sudeste do Pará nas discussões globais sobre o futuro climático e econômico do país. No dia 19, ele fará uma nova participação na conferência, desta vez na ‘blue zone’.

“Depois de um ano de trabalho intenso, entre análises e pesquisas de campo, foi muito significativo apresentar nossos resultados nesse espaço internacional e contribuir para pensar os caminhos da bioeconomia na Amazônia”, finaliza.