Na noite da última sexta-feira, 29, a Fundação Casa da Cultura de Marabá abriu a exposição “Bosco Jadão: Dossiê da vida e da política”, que recebeu mais de 1.500 visitantes no final de semana. O evento contou com a presença de filhos, membros da Maçonaria, políticos, membros do Poder Judiciário, estudantes, entre outros.
A exposição conta com oito peças de material inovador em PDV automático, que são montadas e desmontadas em menos de dez minutos, além de uma revista, um folder e cinco expositores com objetos do arquivo pessoal de Bosco Jadão, como medalhas, certificados, o documento de sua nomeação como prefeito de Marabá em 1983, pelo então presidente da República João Batista Figueiredo, e os dois livros sobre a história de Marabá que ele mandou produzir enquanto era prefeito.
A presidente da Fundação Casa da Cultura, Vanda Américo Gomes, exaltou a história de Bosco como cidadão, comerciante e político em Marabá e relembrou o quanto ele foi importante na batalha para instalação da democracia no município nas décadas de 1970 e 1980. “Como prefeito, honrou seu compromisso com essa cidade e depois continuou contribuindo como agente público. Ele foi o fundador da Casa da Cultura há quase 35 anos e precisamos reverenciar personalidades como ele, que construíram uma história em tempos de crise política e de liderança”, ressaltou.
Leia mais:O vereador Miguel Gomes Filho, com seis mandatos no Poder Legislativo, reconhece que a homenagem a Jadão é justa e chega em um momento importante, aos 84 anos de vida. Lembrou o quanto Bosco tinha o respeito de toda a sociedade marabaense e até mesmo dos militares do Exército Brasileiro, que viam nele um líder político nato e o aceitaram para ser prefeito da cidade durante a Ditadura Militar. “Homenagear pessoas em vida é um grande feito de uma entidade. Por isso, a Casa da Cultura e sua presidente, Vanda Américo, estão de parabéns”, disse.
Pedro Corrêa Lima, presidente da Câmara Municipal, lembrou que assim que começou a trabalhar na Prefeitura Municipal de Marabá, em 1992, Bosco atuava como secretário de Finanças no governo de Haroldo Bezerra. “Eu conheci seu lado profissional e você já me dava conselhos sobre transparência e responsabilidade com recursos públicos. Mais do que prestigiar esse evento, estamos aqui para honrar seu nome e sua trajetória como homem público. Essa ação da Fundação Casa da Cultura nos motiva bastante, porque estamos vendo que as pessoas que têm um legado extraordinário estão sendo reconhecidas. Às vezes, o cidadão trabalha muito, mas não é reconhecido”, lamentou.
Bastante emocionado e sempre com uma mão no bolso esquerdo, Bosco Jadão agradeceu a homenagem feita pela FCCM e citou nominalmente os nomes de Vanda Américo e do prefeito Tião Miranda, que não pode comparecer ao evento. Contou detalhes de histórias que vivenciou e lembrou as dificuldades financeiras da Prefeitura quando atuou como gestor e de como criou um grupo de trabalho para escrever a história de Marabá baseado em documentos disponíveis na época e a relatos de pioneiros ainda vivos naquele momento.
Em nome dos filhos, Paulo Bosco Rodrigues Jadão Filho, o Bosquinho, exaltou as qualidades de seu pai e disse que ele sempre foi um espelho de honradez para todos os membros da família. “Temos muito orgulho dele como pai e também pelo que as outras pessoas veem nele”, testemunhou.
Sizenando Teixeira, representando a Maçonaria, também destacou o relevante trabalho desempenhando por Bosco Jadão na Loja Firmeza e Humanidade Marabaense Nº 6, na Marabá Pioneira, por quase seis décadas e como isso trouxe um impacto positivo para a sociedade local.
Quem também prestigiou a exposição foi o secretário Regional de Governo, João Chamon Neto, o qual reafirmou a importância histórica de Bosco Jadão na política local. “Ele foi um homem firme nas palavras e em seus atos. Seu legado precisa ser levado aos estudantes nas escolas desta cidade”, disse. (Ulisses Pompeu)