Correio de Carajás

Perícias podem revelar detalhes sórdidos sobre morte da tatuadora

O delegado Vinicius Cardoso afirma que a prisão dos suspeitos e a localização do corpo da vítima fazem parte da primeira fase da investigação

Ainda em andamento, as investigações do assassinato de Flávia Alves Bezerra, agora, buscam esclarecer detalhes mais sórdidos de suas últimas horas de vida. A perícia inicial sugere que a jovem teria sido morta entre 7h30 e 10h30 do dia 15 de abril e vestígios no veículo continuam sendo levantados. Além disso, uma terceira pessoa envolvida na ocultação do cadáver também está sendo investigada.

Segundo o superintendente regional de Polícia Civil, delegado Vinicius Cardoso, as prisões de Willian Araújo Sousa, tatuador, e sua esposa Deidyelle Oliveira Alves, assim como a localização do corpo da vítima, são apenas uma fase inicial da investigação, que ainda não está concluída. “Várias circunstâncias precisam ser esclarecidas antes de se chegar a conclusões definitivas”, aponta.

Para este CORREIO, o delegado reafirmou que a principal linha de investigação indica que Flávia teria sido assassinada dentro do veículo do suspeito, o qual foi apreendido e continua sendo submetido a perícia.

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“Os peritos lançaram luminol a fim de identificar presença de substância hematoide, ou seja, sangue. Além do que, lançaram também luzes forenses para identificação de outros tipos de material biológico, a exemplo de suor e esperma”, confirma, acrescentando que as análises estão sendo fundamentais para a continuidade das investigações.

Willian está preso como suspeito de ser o autor do assassinato, enquanto sua companheira, Deidyelle, está detida sob a suspeita de ter auxiliado na ocultação do corpo. A polícia também investiga a possível participação de uma terceira pessoa nesse crime, porém muitas informações pertinentes continuam sob segredo de justiça.

TRAJETO

Outro ponto detalhado pelo delegado é o trajeto realizado pelo suspeito antes de levar o corpo de Flávia para o município de Jacundá. Segundo Vinícius, a polícia conseguiu levantar as informações sobre o percurso, por meio de ferramentas tecnológicas e coleta de imagens de câmeras na via pública. “Eles saíram de um bar, nas proximidades da Vila Militar, na Nova Marabá, transcorreu ali pela Transamazônica (sentido Cidade Nova), passou pela Infraero, entrou no Bairro Castanheira, circulou por lá, voltou e, a partir, daí voltou para sua residência”, explica o delegado.

Ainda de acordo com Vinicius, no mesmo dia, Will já em companhia da esposa Deidyelle, seguiu até o município de Jacundá, onde o corpo foi enterrado em uma cova rasa, na estrada conhecida como Vicinal 60, onde o corpo foi encontrado por volta das 23h de quinta-feira (25).

MAIS DETALHES

Quanto à causa da morte, o delegado informou que, preliminarmente, a vítima teria sido assassinada por estrangulamento (asfixia mecânica), conforme declarado no atestado de óbito. No entanto, a polícia também aguarda o laudo pericial conclusivo do Instituto Médico Legal (IML) para confirmar detalhes adicionais sobre a “causa mortis”.

(Thays Araujo e Chagas Filho, com informações da PC)