Correio de Carajás

Pedra preciosa descoberta em Marte só é encontrada em 2 lugares

O mineraloide, descoberto pelo astromóvel Curiosity na cratera Gale do planeta vermelho, é composto em parte por H₂O e pode, caso moído e submetido ao calor, liberar sua água.

Pedras de opala carregam todas as cores do arco-íris — Foto: TV Clube

A Nasa, agência espacial norte-americana, encontrou opala em Marte. A descoberta foi divulgada em artigo científico publicado no fim de dezembro e representa uma vantagem em futuras investidas humanas no planeta. Isso porque a pedra preciosa é composta em parte por H₂O e pode, caso moída e submetida ao calor, liberar sua água.

Na Terra, em sua forma multicolorida, esse mineraloide só é encontrado na Austrália e no Piauí, mais especificamente na cidade de Pedro II, 206 km ao Norte de Teresina, onde, segundo pesquisadores, apenas 10% da opala foi explorada.

De acordo com historiadores, foi em 1969 que a primeira opala foi encontrada em Pedro II, por um homem que estava colhendo mandioca quando avistou o pedregulho luminoso. O agricultor levou o achado para Teresina e teve a confirmação de que se tratava de uma pedra preciosa.

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Após a descoberta, as pedras passaram a ser extraídas, de dentro de uma serra, por garimpeiros que olham atentamente para a terra em busca do colorido característico da opala. Atualmente, existem cerca de 10 minas em atividade no município, que já movimentaram milhões de reais na economia local.

A extração só é feita no período de seca, porque as chuvas dificultam o garimpo e, mesmo assim, apesar da abundância do mineraloide na região, ele não é facilmente encontrado. Existe relato de garimpeiros que já passaram um ano sem encontrar a pedra.

Joias de opala

 

'Mosaicos' de opala são tradicionais nas joias com a pedra preciosa — Foto: Penélope Araújo/g1
‘Mosaicos’ de opala são tradicionais nas joias com a pedra preciosa — Foto: Penélope Araújo/g1

Com a extração, também criou-se um mercado de confecção de joias de opala em Pedro II, onde alguns habitantes viram o potencial econômico da pedra e apostaram no setor de joalheria.

Foi o caso do empresário Jucelino Araújo, que iniciou a atividade ainda nos anos 90. “Recebemos as opalas brutas e vamos fazendo a lapidação conforme a vocação delas, desde as mais humildes às mais preciosas, e direcionamos para o mercado”, disse.

Com isso, são confeccionados anéis, colares e brincos, por exemplo. É comum encontrar peças que façam referência ao Piauí e ao Brasil, facilmente encontradas em lojas de lembranças em pontos turísticos do estado.

(Fonte:G1)