Correio de Carajás

PC de Marabá revela rosário de crimes praticados por “Paulo Cicatriz”

Na manhã desta quinta-feira (10), a Polícia Civil realizou coletiva de Imprensa para contar e detalhes da prisão de Antônio José da Silva, conhecido como “Paulo Cicatriz”, acusado de diversos crimes que teriam sido cometidos em seis estados das regiões Norte e Nordeste. O superintendente Regional do Sudeste do Pará, delegado Thiago Carneiro, revelou que o criminoso possui alguns imóveis em Marabá, onde mantinha permanência temporária, e foi localizado em Lagoa Vermelha, no Rio Grande do Sul.

Oito anos depois de sua prisão em Marabá, Paulo está completamente diferente / Foto: Divulgação

O superintendente explica que a PC investigava Cicatriz há quatro meses por diversos crimes, mas os principais foram os delitos contra instituições financeiras, cometidos nos estados de Goiás (2016) e Tocantins (2019). O mandado de prisão foi cumprido pela PC do RS, em Lagoa Vermelha, onde possivelmente cometeria outro assalto a banco, segundo Carneiro.

“Inclusive, o mais notório roubo a banco cometido por Paulo, foi realizado em São Domingos do Araguaia, em 2016. Contra ele, pesava um mandado de prisão e condenação com 40 anos de reclusão, justamente por esse tipo de crime, na cidade de Ipameri (GO) e Peixe (TO)”, informou o delegado Thiago.

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Paulo ainda possui base em Marabá e a PC tem informações de que ele praticava comercialização de entorpecentes, sendo possivelmente um dos maiores traficantes da região sudeste do Pará. Além disso, tem envolvimento comprovado pela PC com crimes de latrocínio e diversos homicídios.

“Ele era foragido da justiça, foi preso, mas, recebeu alvará de soltura. No entanto, posteriormente veio uma condenação e tivemos sucesso em cumprir com o mandado de prisão. Será um alivio para as cidades do interior que sofrem com assaltos na modalidade ‘vapor’, como Paulo costumava praticar”, revela Carneiro.

Devido às demais violações praticadas, como o tráfico de drogas, a PC acredita que com a prisão de Cicatriz, as organizações criminosas por trás desses crimes serão facilmente identificadas. Aliás, ele foi preso no RS com outros indivíduos, oriundos do Maranhão, também possuidores de histórico criminal.

O apelido de Antônio surgiu de suas diversas identidades falsas, entre elas, “Paulo Henrique da Silva Júnior”, em cujo nome foram expedidos os mandados de prisão cumpridos. Paulo será recambiado do RS, provavelmente para o Goiás ou Tocantins e também será ouvido por inquérito policial que está sendo conduzido em Marabá por crimes cometidos na região Carajás. (Zeus Bandeira)