A VaideBet, patrocinadora máster do Corinthians, enviou notificação extrajudicial ao Corinthians no último dia 27 na qual cita cláusula anticorrupção no contrato entre as partes e volta a falar sobre a possibilidade de encerrar a parceria com o clube – a hipótese já havia sido tratada em e-mail enviado uma semana antes.
No documento, assinado pelo advogado Plinio Augusto Lemos Jorge e o diretor executivo José André da Rocha Neto, a casa de apostas diz que “a vinculação do nome da VaideBet com o presente escândalo envolvendo a diretoria do Corinthians e a intermediadora tornam a presente relação contratual excessivamente onerosa para o patrocinador, na medida que vincula a marca a uma situação negativa, causando desprestigio, potencial prejuízo e risco de baixo retorno do investimento realizado na entidade desportiva”.
O escândalo ao qual a VaideBet se refere é a denúncia feita pelo “Blog do Juca Kfouri” de que a Rede Social Media Design, empresa que intermediou o contrato de patrocínio, repassou parte do valor recebido em comissão a uma empresa “laranja”, chamada Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda. Ela estaria em nome de Edna Oliveira dos Santos, uma mulher residente na cidade de Peruíbe, litoral Sul de São Paulo, que nem sequer saberia da existência da mesma.
Leia mais:A Rede Social Media Desing também recebeu tal comunicado da patrocinadora.
Na notificação, a companhia informa que os fatos narrados representam efetiva violação da cláusula anticorrupção do contrato de patrocínio e dá dez dias para que o Corinthians apresente explicações sobre o caso.
A Polícia Civil está investigando possíveis ilegalidades envolvendo o pagamento da comissão, e o tema também é apurado pelo Conselho Deliberativo do Timão.
Assinado no começo do ano, o contrato entre Corinthians e VaideBet tem validade até o fim de 2026 e prevê o pagamento de R$ 370 milhões – o clube recebeu R$ 60 milhões até o momento.
O clube se manifestou publicamente sobre o caso por meio de nota oficial no mês passado, na qual reafirmou “que todas as negociações, incluindo patrocínios, se deram de forma legal com empresas regularmente constituídas. O clube destaca que não guarda responsabilidade sobre eventuais repasses de valores a terceiros. Caso sejam apresentadas quaisquer provas de ilícitos, estes serão discutidos junto ao Conselho Deliberativo para providências que se fizerem necessárias”.
(Fonte:G1)