Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Paris em 2024 propuseram que o “breakdance” entre pela primeira vez no programa olímpico, dentro das modalidades convidadas que o COI permite à cidade sede.
O presidente do Comitê Organizador, Tony Estanguet, afirmou que vão sugerir o “breakdance” junto com outras três modalidades já presentes no programa de Tóquio 2020: escalada, surfe e skate.
Os outros dois esportes acrescentados no programa de Tóquio são o caratê e o beisebol/softbol.
Leia mais:Em relação à decisão do comitê organizador de excluir modalidades de grande aceitação como o caratê, o diretor de Esportes de Paris 2024, Jean Philippe Gatien, explicou à Agência Efe que optaram por “escolher os desportos convidados em função de elementos inovadores, criativos e que quebrem os moldes existentes”.
“Entendemos a situação de desespero de algumas federações, não só do caratê mas também de outras como petanca e squash, mas preferimos estes desportos que se conectam com uma cultura urbana e jovem”, ressaltou Gatien.
Das 37 federações que podiam apresentar candidaturas para esportes a serem convidados em 2024, 19 o fizeram. Paris podia propor até cinco ao COI, mas apresentou quatro, já que “a tendência é limitar o número de atletas”, segundo Gatien.
A proposta de Paris 2024 deve agora ser validada por diferentes instâncias do Comitê Olímpico Internacional (COI), que se pronunciará de forma definitiva em dezembro de 2020, logo depois dos Jogos de Tóquio.
Os desportos escolhidos não aumentam o número de atletas, 10.500 no total, podem compartilhar instalações com outras modalidades e, além disso, “permitem tirar os Jogos dos estádios”, afirmou Estanguet.
A grande aposta é o “breakdance”, uma mensagem que Paris 2024 quer enviar às novas gerações, entre as quais tem a maior parte de seus praticantes.
“Trata-se de uma disciplina “acrobática, espetacular e muito diferente de tudo já visto até agora em uma Olimpíada que, além disso, exige uma disciplina e um rigor fora do comum”, Explicou Estanguet.
Os participantes competirão em “duelos” com um fundo musical de um “dj” que não saberão com antecedência, o que lhes obrigará a improvisar e se adaptar de forma rápida.
O surfe, esporte que tem 200 anos e que está “em plena expansão”, conta com 35 milhões de praticantes no mundo e Paris 2024 quer aproveitar a dinâmica que será gerada com sua inclusão no programa de Tóquio.
O skate – que tem 30 milhões de adeptos, a metade menores de 18 anos, e que “combina a parte esportiva com a festiva” – é outro que continua em Paris 2024.
A escalada, com 25 milhões de praticantes, voltará ao programa mas com duas categorias, a velocidade, na qual dois participantes deverão escalar muros de 15 metros o mais rápido possível, e a combinada, que exige mais técnica e estratégia.
Estanguet disse também que estão trabalhando para permitir que os Jogos de 2024 possam ser abertos ao público através das novas tecnologias. (EFE)