A proposta é desenvolver um ecossistema de inovação para empresas de bioeconomia no Pará e, também, fomentar a interiorização dessa atuação ao longo das cadeias de valor da sociobiodiversidade. Além disso, a ideia é realizar a conexão de startups de bioeconomia com o mercado, geração de conhecimento com a participação de setores científico-tecnológicos, e ainda, formação de talentos.
A implementação deve ocorrer em etapas que envolvem o desenvolvimento do modelo conceitual, elaboração, implantação e o ramp-up da operação da rotina do Espaço de Inovação em Bioeconomia, que será construído através de instrumento próprio entre as partes. O trabalho incluirá também a avaliação do potencial do Instituto Tecnológico Vale – Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS) como unidade âncora do local. O ITV-DS é uma instituição sem fins lucrativos com sede em Belém e que tem como objetivo desenvolver soluções tecnológicas e científicas para os desafios da cadeia de mineração e sustentabilidade nos territórios em que a Vale está presente.
“A Vale assumiu o compromisso de proteger e recuperar mais 500 mil hectares de florestas até 2030, além de suas fronteiras. O objetivo é escalar iniciativas que gerem renda para pessoas que vivem no campo ou nas florestas e, ao mesmo tempo, contribuam para reduzir emissões de carbono. Acreditamos que podemos, com a nossa experiência, somar esforços com governo do Pará para a implementação deste espaço e contribuir cada vez mais com o fortalecimento da bioeconomia no estado”, destaca a vice-presidente executiva de Sustentabilidade da Vale, Maria Luiza Paiva.
Leia mais:O espaço de inovação deverá atuar também como uma das ações constitutivas do Plano Estadual de Bioeconomia, lançado pelo governo do Estado também na COP 27. O plano conta com 89 ações que abrangem três eixos distintos: Cadeias Produtivas e Negócios Sustentáveis; Patrimônio cultural, patrimônio genético e conhecimento tradicional associado, além de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.
Sobre o ITV
O ITV-DS é um centro de pesquisa multidisciplinar, que tem como foco o meio físico, biológico e a socioeconomia da região amazônica. Nos últimos 11 anos, o Instituto investiu US$ 141 milhões, que resultaram no apoio a 154 projetos. O ITV-DS já mapeou 9,5 mil referências genéticas de espécimes de plantas e 3,5 mil de animais (códigos de barra de DNA), transformando as Cangas da Amazônia no único bioma brasileiro a ter uma flora com uma referência genética.
COP 27ª
A Vale apresentou nos painéis e encontros empresariais da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP 27ª, iniciativas bem-sucedidas de descabornização, de recuperação de florestas e de mitigação de impactos relacionadas às mudanças climáticas, desenvolvidas ao longo dos últimos anos.
Em 2019, a companhia anunciou a meta de reduzir suas emissões de carbono sob sua responsabilidade (escopos 1 e 2) em 33% até 2030, como primeiro passo para zerar suas emissões líquidas até 2050, em linha com o Acordo de Paris. Além disso, se comprometeu em reduzir em 15% suas emissões líquidas de escopo 3 até 2035. Esta meta será revista a cada cinco anos. Hoje, 98% das emissões de CO2 da Vale são provenientes da sua cadeia de valor.