A parceria entre associações de produtores rurais e a mineradora Vale está impulsionando a produção da agricultura familiar em Parauapebas, que já abastece feiras e supermercados do município.
De acordo com o gerente de Relações com Comunidades da Vale em Parauapebas, Edivaldo Braga, nos últimos três anos, 60 produtores foram beneficiados com o projeto que tem, entre seus objetivos, a médio prazo, tornar a capital do minério autossustentável no fornecimento de polpas de frutas e hortaliças.
Segundo ele, atualmente a principal cooperativa de frutas da cidade está importando polpas de outros estados. Ele destaca que iniciativa está contribuindo diretamente para o fortalecimento da agricultura familiar no município.
Leia mais:Entre os produtores, a boa safra e o incremento na renda é motivo de comemoração. “Nós sempre tiramos o nosso sustento da terra. Antes a gente plantava só a mandioca, mas hoje tem tudo isso aqui na banca e tudo produzido com muito amor. E nossa maior satisfação é ver o sorriso no rosto do cliente que vem aqui na banca e sabe que vai levar um produto fresquinho”, comenta Vanessa Gonçalves de Oliveira.
Aos 18 anos, ela acabou de concluir o ensino médio e está finalizando o processo para retirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O rosto ainda traz o sorriso de menina, mas Vanessa já é uma microempreendedora, daquelas que assume também o posto atrás do balcão da venda da família, na Feira do Produtor de Parauapebas.
Uma das clientes fiéis da banca de Vanessa é Dona Tereza Bezerra, que é servidora pública do município e trabalha na Feira do Produtor. “Eu sempre compro aqui com a Vanessa porque sei que o produto é de qualidade. Vem diretamente lá da roça, da agricultura familiar. Pode ver que está tudo fresquinho aqui”, observa.
Vanessa, com os pais Juscelino e Dona Ana Oliveira, foram contemplados pelo projeto de hortifruticultura que a Vale está desenvolvendo em parceria com a associação de produtores de Palmares II. Nos três primeiros meses de implantação do sistema de irrigação, a família iniciou o plantio de culturas de ciclo curto, consorciado ao cultivo de cupuaçu e banana, desta forma, diversificando a produção. No período, o faturamento chegou a R$ 3.300,00 mil por mês. (Tina Santos – com informações da Vale)