“Ele falou que estava recebendo ameaças de morte”, afirmou Almariza Silva, viúva do presidente da Cooperativa de Trabalhadores Montes Belos, João Inácio da Silva, 72 anos, assassinado a tiros na terça-feira (6).
Ela concedeu entrevista ao Correio de Carajás após o marido ser executado por dois homens que estavam em uma moto, não identificados até o momento. O crime aconteceu aproximadamente às 18h30, no Bairro Vila Rica, em Parauapebas.
A viúva disse, ainda, que estava sentada com o marido na porta de casa quando entrou na área de serviço e em seguida o crime foi registrado. “Escutei os tiros, eu saí, já vi ele morto, caído no chão”, lamentou.
Leia mais:Já o amigo e membro da cooperativa, Manoel Lopes de Souza, pede “justiça” para o crime e afirma que os colegas vão continuar o legado deixado por João. “Ele deu a vida em troca desse projeto, não mataram só ele, mataram três mil famílias. Nós somos parceiros dele, o que fizeram com ele fizeram com todos”, disse.
O delegado Nelson Alves Júnior, da 20° Seccional de Polícia Civil, detalhou que o homem que estava na garupa da moto desceu com a arma na mão, efetuando dois disparos em direção à vítima, mas a arma falhou. João então correu para a residência de um vizinho, o assassino o seguiu e disparou várias vezes, atingindo-o.
A investigação prossegue com o depoimento de testemunhas para chegar na identidade dos criminosos e na motivação do crime. A família informou que a cooperativa não se envolve em ocupação de terras, somente pleiteia áreas junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), trabalhando com a agricultura familiar.
Assista ao vídeo da viúva:
(Theíza Cristhine e Ronaldo Modesto)