Correio de Carajás

Parauapebas: Professores da rede municipal entram em estado de greve

Os professores da rede municipal de ensino de Parauapebas decidem até a próxima terça-feira, 19, se entram ou não em greve. Ontem, quinta-feira, 14, durante assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Pará (Sintepp-Parauapebas), no Centro Universitário de Parauapebas (Ceup), a categoria rejeitou a contraproposta de reajuste salarial do governo e declarou estado de greve.

De acordo com Rosemiro Laredo, coordenado geral da Subsede do Sintepp em Parauapebas, o governo municipal está oferecendo um percentual de reajuste salarial, do vale alimentação e da hora-atividade abaixo do que é defendido pela categoria. Inicialmente, foi oferecido pelo governo reajuste de 3,75% para salário e para o vale-alimentação. A hora-atividade, pela proposta do governo, passaria de 25% para 28%.

Na última terça-feira (12) houve mais uma rodada de negociação, e o governo ofereceu 4,3% de reajuste. A hora-atividade seria reajustada em duas parcelas de 4%, passando de 25% para 29% este ano.

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No entanto, durante a assembleia de ontem, para referendar ou rejeitar essa proposta, os professores optaram por rechaçar e decidiram aderir a proposta do Sindicato dos Servidores Públicos de Parauapebas (Sinseppar), e agora querem 9% de reajuste, sendo 3,75% referente à reposição das perdas com a inflação e 5,25% de ganho real, além do reajuste do vale-alimentação para R$ 775,00.

Eles também acenaram que não vão aceitar o pagamento da hora-atividade de forma parcelada. A categoria defende que o governo pague os 8% de uma única vez, subindo de 25% para 33% o percentual incidente sobre o benefício.

Na próxima terça-feira, uma nova rodada de negociação está marcada com o governo e a classe pode decidir pela greve, caso não se avance nos pontos propostos. Os professores também aderiram a manifestação nacional que está sendo convocada por diversas centrais sindicais, que vai acontecer na próxima sexta-feira, 22, contra a Reforma da Previdência, quando haverá uma paralisação nacional de diversos setores.

O governo municipal ainda se manifestou sobre a decisão dos professores. O secretário municipal de Educação, Luiz Vieira, ficou de posicionar ainda nesta sexta-feira, 15, sobre a decisão dos professores.  (Tina Santos)