Na próxima segunda-feira (6) a Prefeitura de Parauapebas inicia as obras do Programa de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (Prosap). As obras, que serão realizadas pela empresa Transvias, que ganhou a licitação, vão começar pelos bairros Rio Verde e União, área centrais da cidade.
De acordo com a prefeitura, com o início das obras, trechos de vias nos bairros União e Rio Verde serão interditados para a execução dos serviços. Por conta do distanciamento social como medidas preventivas contra o Coronavírus, e atendendo ao decreto municipal que estabelece medidas de prevenção à doença, a informação sobre as interdições junto à comunidade será feita por mídia volante (carro de som) e outros meios de comunicação.
As vias que terão trechos interditados nesta primeira fase das obras serão: Rua O (entre as ruas 18 e 19), no Bairro União; Rua Sol Poente (entre as ruas 19 e Guanabara); Rua Guanabara (entre as ruas Sol Poente e Rio de Janeiro); e Rua Rio de Janeiro (entre as ruas 18 e Guanabara), no Bairro Rio Verde.
Leia mais:Segundo o governo, as interdições não serão simultâneas. Vão ocorrer de forma gradual e programada. Agentes do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT) irão fazer a sinalização das alterações nas vias, conforme o desenvolvimento da obra.
O coordenador de Projetos Especiais e Captação de Recursos da Prefeitura de Parauapebas, engenheiro Cleverland Carvalho, esclarece que as obras vão acontecer em ritmo menor em virtude da pandemia do coronavírus. “Ninguém vai colocar os trabalhadores em risco, mas as obras vão iniciar com todas as precauções e seguindo as recomendações dos órgãos de saúde [Ministério da Saúde e Secretaria Municipal de Saúde]. Vamos ter movimentação de maquinários nos trechos já previamente selecionados e liberados”, explica.
Ele acrescenta, destacando a importância do programa para atenuar os problemas de enchentes no município, bem como para a geração de emprego e renda, principalmente nesse momento difícil devido a pandemia do coronavírus. “Quando essa situação da pandemia estiver controlada, vamos ter um ritmo da obra mais acelerado porque estamos falando de quase 300 empregos que serão gerados já nesta primeira fase. O Prosap é muito importante e vai mudar a cara de Parauapebas, porque acabará com os problemas de enchentes que acontecem hoje na área de intervenção do Igarapé Ilha do Coco”, ressalta Cleverland.
O engenheiro da empresa responsável pela obra, Sérgio Sábia, observa que como toda obra, a do Prosap inevitavelmente vai gerar transtornos aos moradores por conta da movimentação das máquinas, além de barulho e poeira. Contudo, um cronograma foi elaborado para reduzir, ao máximo, o tempo de permanência nesses trechos. “Nosso objetivo é executar 1.000 metros de drenagem por mês. As máquinas devem permanecer em cada trecho por cerca de duas semanas”, explica o engenheiro.
O Prosap vai beneficiar, diretamente, mais de 25 mil famílias residentes em bairros de sua abrangência. O prazo para conclusão das obras é de seis anos, com a divisão do cronograma em três etapas.
O projeto tem 80% dos recursos financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e mais a contrapartida da prefeitura. A primeira etapa tem previsão para durar 18 meses e contempla a construção de 250 casas destinadas às famílias que residiam em áreas de risco abrangidas pelo Prosap.
Serão realização de obras de micro e macrodrenagem no canal do Igarapé Ilha do Coco, ao longo dos bairros Liberdade I, União e Rio Verde. A construção das casas, assim como as indenizações e desapropriações de imóveis na área do projeto, serão feitos pelo município na contrapartida do projeto, que tem um investimento total US$ 87,5 milhões. (Tina Santos – com informações da Ascom PMP)