Correio de Carajás

Parauapebas: Neném é preso por disparos em bar e defesa nega o crime

Wellington da Silva Albino, 20 anos, mais conhecido como Neném, está preso desde a segunda-feira (8). Ele é suspeito de ser um dos autores dos três disparos que atingiram Hemerson Conceição da Silva, 19 anos, na noite do domingo (6), em um bar localizado na esquina da Rua E com a Rua 10, no Bairro Cidade Nova, em Parauapebas.

Para o advogado de defesa, Tiago Aguiar, o cliente está sendo acusado injustamente. Para tentar comprovar a inocência de Wellington, ele requereu imagens da câmera de monitoramento de uma distribuidora para que os novos ângulos de imagens possam comprovar que o acusado vestia camiseta e bermuda na cor preta, divergindo da tonalidade usada pelo verdadeiro autor dos tiros, conforme informou o defensor.  

Tiago disse, ainda, que irá pedir a liberdade provisória do cliente durante audiência de custódia. O delegado Nelson Alves Júnior detalhou ao Correio de Carajás que Wellington foi preso na segunda-feira (8), em virtude das investigações da tentativa de homicídio e após ser reconhecido pela vítima. 

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Nelson explicou que a prisão em flagrante pode ser convertida em preventiva, caso o juiz entenda que há provas suficientes para isso. A polícia segue com as investigações, inclusive solicitando imagens de outros estabelecimentos para não deixar dúvidas sobre a autoria. A PC investiga a identidade do segundo jovem que também estaria com uma arma.

Segundo o delegado, Wellington já foi preso por roubo à mão armada, furto e tráfico de drogas.  

A vítima, que permanece no Hospital Municipal, informou em depoimento à polícia, na manhã da segunda-feira (7), conhecer um dos autores dos disparos. Segundo ele, o acusado pertence a uma facção criminosa.

Vítima segue hospitalizada e já prestou depoimento à Polícia Civil

A briga, de acordo com Hemerson, seria uma “vingança”, já que no ano de 2019 houve um desentendimento entre ele e um dos suspeitos, pelo “interesse de uma jovem”, e também por acreditarem que Hemerson faz parte de facção rival, o que ele nega. A vítima nega envolvimento com o mundo do crime e afirma trabalhar como vendedor de sapatos.

Uma câmera de monitoramento do estabelecimento mostra o momento da confusão que assustou os clientes. No momento dos disparos, muitos correram do local e outros tentaram se proteger no chão. Os tiros atingiram o antebraço esquerdo e o tórax da vítima. (Theíza Cristhine e Ronaldo Modesto)