Lutando contra um câncer que já atingiu o pulmão e os rins, o idoso Wilson Freire, de 64 anos, morador de Parauapebas, pede ajuda para seguir com o tratamento da doença. Desde que foi diagnosticado com a doença, já em metástase, ele iniciou uma maratona em busca de socorro médico.
Luta pela vida que não está sendo nada fácil, por falta de condições financeiras, o idoso, que é ex-agricultor, não é aposentado e a única renda dele e da família, que soma seis pessoas, é o benefício por invalidez recebido por uma das filhas.
Wilson Freire e a família moram em uma casa simples, no Bairro Casas Popular 2. Ele conta que já viajou três vezes, junto com a esposa, Mara Freire, para fazer exames em Belém e muitas vezes eles vão só com o dinheiro do Tratamento Fora de domicílio (TFD), que pouco.
Leia mais:Falando com dificuldades, devido à doença, ele chora e diz que a vida “está acabada”. “Não consigo mais trabalhar, não consigo mais fazer nada”, lamenta o idoso. Às lágrimas, Maria Freire diz que está todo mundo da família sofrendo com a doença do marido. “Câncer é uma doença maldita. Ele acaba com o paciente e com a família”, desabafa a dona de casa, que conta as dificuldades diárias que enfrentam para sobreviver, devido à falta de recurso financeiro.
“Se não fosse esse benefício da minha filha e o bom coração de algumas pessoas, que nos ajudam com o pouco que têm, não sei o que seria de nós”, diz ela, relatando que muitas vezes, quando viajam para Belém para fazer os exames do marido, eles passam fome na estrada.
“A gente não come, para deixar o dinheiro para o transporte lá em Belém. É uma situação difícil, ainda mais ele, que está debilitado pela doença”, enfatiza. Ela conta que já entrou com pedido para se aposentar, mas o processo nunca foi aprovado pelo INSS. A mesma coisa aconteceu com o processo de Wilson Freire. Maria afirma que tem procurado trabalho, mas ninguém quer empregar uma pessoa de idade mais avançada.
“Eu trabalhei muito quando era nova, mas agora ninguém quer dar trabalho para uma velha”, afirma ela, aos prantos diante da situação difícil em que estão vivendo.
Vizinha da família e acompanhando o drama que estas pessoas vivem, Fátima Trindade conta que ajuda como pode, mas também não possui recursos porque vive só com o auxílio-doença que recebe. “Eu vejo o sofrimento deles. Vejo o quanto a Maria e o marido dela estão sofrendo. Eu faço o que eu posso, só não ajudo mais porque também não tenho”, afirma.
Sem ter a quem recorrer, Maria Freire apela para a solidariedade da população e pede ajuda com alimentos e para o tratamento de saúde do marido. “Me ajudem com o que puder. Eu quero cuidar do meu marido, levar ele para os exames que precisa fazer porque ele está morrendo à míngua aqui dentro de casa”, clama a dona de casa.
Quem quiser ajudar pode entrar em contado através dos números (94) 99151-7381 / (94) 9967-5572. (Tina Santos e Andersen Arantes)