A Prefeitura Municipal de Parauapebas (PMP) está em fase de conclusão da aquisição de uma área para funcionar o novo cemitério da cidade. O Atual, Jardim da Saúde, localizado na Rodovia Faruk Salmen, que começou a funcionar no ano 2000, já está praticamente sem espaço para sepultamento.
Segundo o administrador do cemitério, Juvenal Lima Freire, restam pouco mais de mil vagas no local. A área que está sendo pleiteada pela prefeitura fica, segundo Juvenal, na Rodovia PA-275, na saída da cidade. Ele explica que ainda falta ser feita a vistoria técnica no terreno, para saber se é próprio para servir como cemitério.
“A área não pode ser alagadiça e nem acidentada. Existe todo um critério, seguindo as normas ambientais vigentes, para que uma área possa servir de cemitério”, explica Juvenal.
Leia mais:De acordo com ele, o Cemitério da Cidade, mesmo depois que acabar as vagas de sepultamento, ainda deve continuar funcionando porque há jazigos que têm gavetas para receber novos corpos. “Vai ficar uma equipe de vigilante no local e quando alguém solicitar sepultar um parente no jazigo da família, que tem gaveta, uma equipe será deslocada para fazer o procedimento”, ressalta.
Juvenal detalha que, devido ao alto índice de violência, Parauapebas tem uma média de quatro a cinco sepultamentos diários. Boa parte das vítimas é de jovens, que perdeu a vida em acidentes de trânsito ou foi vítima de homicídio. “Costumo dizer que quando a ‘produção’ está boa, a média é essa. Ontem mesmo [terça-feira] foram enterrados cinco corpos aqui”, afirma Juvenal.
De acordo com o administrador, existe atualmente uma média de 12 mil pessoas enterradas no Cemitério Jardim da Saudade. Ele lembra que logo que o cemitério começou a funcionar, em janeiro de 2.000, eram enterradas em média 12 pessoas por mês. “Agora, é de 40 pra lá”, afirma, frisando que aumentou também o número de suicídios, que tem ficado em torno de 106 por ano.
Mesmo depois que a área for adquirida, Juvenal ressalta que o novo cemitério ainda deve demorar um pouco para começar a funcionar. “Vai ser necessário murar, construir capela e fazer outros procedimentos necessários e exigidos para funcionamento de cemitério”, acrescenta. (Tina Santos – com informações de Ronaldo Modesto)
Fotos: Ronaldo Modesto