Correio de Carajás

Parauapebas: Encerramento do Círio leva fiéis às ruas como demonstração de fé e devoção

Amor e devoção a Nossa Senhora reuniram devotos no encerramento da 16ª edição do Círio de Nazaré, neste sábado (24), em Parauapebas. Nesta versão, a tradicional romaria deu lugar à rodoromaria, trajeto com duração de uma hora e dez minutos que celebrou nas ruas da cidade a procissão da maior celebração católica. 

A programação de encerramento do Círio teve início com a missa apresentada por Dom Vital Corbellini, bispo da Diocese de Marabá, na Igreja São Francisco, às 17h, no Bairro Rio Verde, com duração de uma hora e meia.

Neste evento, Rita Helena de Lima Sá ficou emocionada em receber das mãos do bispo a hóstia. “É um momento muito especial. O Círio representa a fé que nós devemos ter em Maria, mãe do Nosso Senhor Jesus Cristo. Me senti honrada em receber a consagração do bispo”, contou ela, que há 16 anos participa do Círio no município.

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 Rita Helena recebe a hóstia das mãos do bispo Dom Vital

Emoção também define o   que sentiu Alexandre Costa, coordenador dos guardas de Nossa Senhora. Para ele, trabalhar no evento, além de ser uma experiência inovadora devido à pandemia, relembra a cura que ele atribui à santa. 

“Estava com um procedimento cirúrgico de hérnia de disco para fazer, mas, graças a Nossa Senhora e a Deus não foi preciso”, recorda Alexandre, que pagou a promessa há quatro anos, no Círio de Belém, mesmo período em que fez o pedido.  

Alexandre Costa se dedica ao Círio como forma de agradecer a cura atribuída a Nossa Senhora

Para que a celebração católica fosse perfeita, 85 integrantes da igreja trabalharam ao longo de todo percurso, incluindo a organização do trânsito, dos fiéis e o cuidado com a imagem da santa. Da igreja São Francisco, a procissão seguiu pela Rua do Comércio, depois na Sol Poente até o Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, no Bairro Parque dos Carajás.

Na rodoromaria, fiéis se reuniram em carros, motos e bicicletas.  Carlos Araújo optou em fazer a procissão de bicicleta, e disse ter apreciado a experiência diferente, destacando sempre ser possível demostrar a fé, mesmo em uma pandemia.

Padre Hudson, um dos organizadores do evento, pontuou ao Correio de Carajás que o Círio foi diferente, mas não deixou de ser emocionante, principalmente por ver as manifestações populares e o amor à Nossa Senhora. “Essa devoção explícita, principalmente em tempos como esse, se torna oportuna para que a gente possa pedir a graça de Deus diante desse tempo tão difícil, em particular que nós estamos vivenciando”.

O padre alertou ainda que esse é um momento de voltar a Deus, e citou que o tema deste ano foi muito oportuno: “Nossa Senhora de Nazaré: auxílio aos que sofrem”, já que ela está sempre vindo em socorro dos fieis”, principalmente apontando o caminho e convidando à obediência a Jesus, destaca o missionário. (Theíza Cristhine)