Correio de Carajás

Parauapebas: Defesa Civil alerta para risco de deslizamentos

Está previsto para o mês de novembro, em Parauapebas, uma média de 250 a 300 milímetros de chuva, número que deve subir em dezembro, com a estimativa de 300 a 350 mm. Já o mês de janeiro de 2021, será o de maior chuva, variando entre 400 a 500 mm. Somando os três meses são de 950 a 1.150 milímetros de chuva, conforme divulgou a Defesa Civil na manhã desta segunda-feira (23), em coletiva de imprensa. 

O início do período chuvoso no município trouxe à tona problemas recorrentes, como alagamentos em determinados pontos da cidade e o risco de deslizamentos em áreas próximas a rios e morros. No domingo (22), por exemplo, a forte chuva somou 86 milímetros e com meia hora de chuva trechos da PA-275 já cobriam a calçada.

Equipes da Defesa Civil estavam em campo desde 10 horas e detectaram em torno de 12 pontos de alagamento na cidade, mas não houve registro de chamadas de famílias por ajuda. O nível do rio estava na média de 5,88 metros, dentro de uma faixa de normalidade até a manhã de segunda.

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O Coordenador Adjunto da Defesa Civil, Erick Nascimento, destacou que 91 áreas foram mapeadas como sendo de risco e 73 detêm maior atuação pela Defesa Civil. Além disso, 899 pessoas já foram cadastradas para eventuais emergências, número que pode aumentar no decorrer dos dias, citou o coordenador.

Erick destacou que o primeiro passo para trabalhar durante o inverno amazônico foi traçar um plano de ação subdivido por equipes e setores. 

Erick destacou que há falhas a serem corrigidas, citando que a drenagem atualmente é pequena para enfrentar o volume de água durante o inverno amazônico e que as soluções não serão imediatas, mas os problemas serão sanados com a conclusão do Prosap.

Citou, ainda, que moradores e trabalhadores do mercado municipal no Bairro Rio Verde, da baixada fluminense, na Rua Sol Poente, devem evitar, neste período, estacionar carros nas proximidades, reconhecendo que os feirantes são muito prejudicados. 

O coordenador pediu que a população não ocupe áreas consideradas de risco e evite o lançamento de resíduos, pois “contribui para que o sistema de drenagem seja ineficaz e para o entupimento e alagamento no local”, afirma.

Além da presença do Erick Nascimento, os coordenadores Jailson Sousa e Eliane Andrade participaram da coletiva. Ela defendeu a importância de atuarem preventivamente e adiantou que no próximo ano três projetos devem ser implementados. Um deles é um Plano de Contingência que será apresentado no início de 2021. Além disso, a Defesa Civil também irá atuar nas escolas, principalmente as localizadas em áreas de risco, com trabalho de orientação O trabalho deverá ser estendido às comunidades impactadas por alagamentos e deslizamentos.

Ela e Jailson pontuaram terem assumido os cargos na pasta em 2017 e, na época, o órgão contava com 18 apenas funcionários, atualmente soma 85 profissionais.   Eliane Andrade citou que este é um dos exemplos do árduo trabalhando que veem sido desempenhado durante estes anos e que não se foca apenas na quantidade, mas sim na qualificação dos profissionais. (Theiza Cristhine)