A 5ª Conferência Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres debateu durante dois dias de evento novas propostas, diretrizes e subsídios para atividades direcionadas às mulheres de Parauapebas. A Conferência foi promovida pela Secretaria Municipal da Mulher (SEMMU) e o Conselho Municipal de Direitos da Mulher de Parauapebas, durante quarta (20) e quinta-feira (21), na Câmara Municipal de Vereadores.
Democracia, respeito, diversidade e autonomia foram alguns dos temas abordados pela palestrante e defensora dos direitos humanos Fátima Matos. “A autonomia não é só a geração de renda, a autonomia é poder expressar a sua forma, é dizer o que elas querem, a questão não é individualizar, é dar às mulheres a possibilidade de melhorar a sua vida”, declarou.
Para a presidente do Conselho Municipal de Mulheres, Vanusa Pereira conferência é o momento do debate e posteriormente levar as propostas apresentas durante o evento ao estado. “As políticas públicas para as mulheres a cada dia vem crescendo mais, uma conferência como esta, que reuniu diversas mulheres, como mulheres da floresta, isso nunca tinha acontecido. É muito gratificante para gente. Ainda temos muito a evoluir, mas o passo maior já foi dado, conferência é isso, é a busca do espaço, é a busca de conquistas”.
Leia mais:A Secretária Municipal da Mulher, Ângela Silva disse que há trabalhos desenvolvidos de políticas públicas, mas durante a conferência estão sendo discutidos projetos muito mais fortalecidos. “É ouvir a aclamação da sociedade e encaminhar essas solicitações que atendam a todas mulheres”, comenta.
A violência contra a mulher também foi abordada pela cabo da Polícia Militar, Andreza Paiva, que destaca casos de mulheres que se arrependem de denunciarem o marido após sofrer algum tipo de agressão. “Quando o caso chega na justiça, elas acabam declinando da sua posição de responsabilizar aquele homem e ocorre uma reincidência. Eu percebo que situações como essa só irão acabar quando a mulher levantar a própria voz e ir até o fim com a denúncia”, finalizou a cabo ao dizer que a conferência é muito importante para o debate destes assuntos.
Integrantes da Companhia Coletivo Banzeiros fizeram uma apresentação no encerramento da Conferência, destacando a violência e o machismo. Uma das artistas Aline Silva conta que às vezes as próprias mulheres disseminam o machismo, quando uma mulher é estuprada ou vítima de agressão, ela culpa a própria mulher. “Se a mulher está vestindo uma roupa mais curta, é uma opção da mulher, não tem porque justificar a vestimenta, para casos de agressões, violência e machismo”, opina. (Theíza Cristhine)