Correio de Carajás

Parauapebas: Advogado de Júlio César alega que ele não tem carro blindado

Ao contrário do afirmado pelo delegado-geral de Polícia Civil do Pará, Walter Resende, dando conta que o candidato a prefeito de Parauapebas, Júlio César, possui um carro blindado e exatamente no dia do suposto atentado optou por deixá-lo para usar outro, o advogado criminalista Thales José Jayme, que representa Júlio César, negou que seu cliente tenha carro blindado. “Olha o poder financeiro do Júlio César, se ele tem condições de andar de carro blindado?”

A afirmação foi durante entrevista coletiva do candidato, na noite desta quinta-feira (12), para falar sobre o resultado do laudo apresentado pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, na quarta-feira (11).

O advogado de defesa, alegou, ainda, que a perícia não teria mostrado o fato como ocorreu, uma vez que seria questionado quem trafegaria em uma estrada de uma vila na zona rural à noite, em uma caminhonete a nove quilômetros por hora.

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De acordo com o laudo da perícia, para os tipos de perfurações que estavam no veículo, ou a caminhonete estava parada ou, se em movimento, estaria no máximo a nove quilômetros por hora. Foram oito disparos no veículo, sendo três no para-brisa.

Por fim, o advogado ressaltou que os depoimentos das quatro pessoas que estavam no veículo na noite do atentado foram rigorosamente o mesmo, apesar de a polícia apontar que houve divergências. “É uma só versão, até porque não há o que maquiar, não há o que não mostrar a não ser aquilo que aconteceu”.

ENTENDA O CASO

Na noite do dia 14 de outubro, o candidato a prefeito Júlio César Araújo Oliveira, 32 anos, relatou que sofreu um atentado e foi atingido por um tiro, quando voltava de compromisso na Vila Carimã, em Parauapebas.

Júlio César viajava na frente, no banco do carona, em uma caminhonete Hilux, acompanhado do motorista e mais duas pessoas. Ainda na estrada vicinal, por volta das 21h, se depararam com uma outra caminhonete atravessada na pista e resolveram não parar. Desviaram do “bloqueio” e seguiram em alta velocidade, mas foram perseguidos pelos ocupantes do outro veículo. Eram homens encapuzados e portando armas aparentemente de grosso calibre. (Theíza Cristhine)