Pelo segundo dia consecutivo, quase 200 funcionários da Dínamo Engenharia, terceirizada da Equatorial Energia, estão de braços cruzados reivindicando o pagamento de horas extras, férias remuneradas e depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A paralisação acontece, também, pela falta de água potável no bebedouro dos colaboradores e levanta polêmica em relação ao posicionamento dado ontem pela Equatorial.
A situação, que começou ontem pela manhã com negociações entre os grevistas e a empresa, ainda não chegou a um desfecho, e uma comissão composta por dez trabalhadores encontra-se, neste momento, no Ministério Público do Trabalho, na tentativa de homologar um possível acordo, na presença de um representante da empresa.
A equipe de reportagem tem procurado a Dínamo repetidamente desde o início da paralisação, porém, até o momento, não foi obtida qualquer resposta ou comentário oficial da empresa.
Leia mais:Na tarde de ontem, este CORREIO teve acesso a um vídeo que evidencia uma situação de desrespeito alarmante aos direitos e às condições de trabalho dos funcionários. No vídeo em questão, é possível observar o estado deplorável do bebedouro utilizado pelos funcionários da Dínamo, onde, ao invés de água potável, parece conter uma verdadeira lama.
A falta de higiene e a ausência de manutenção adequada escancaram o desrespeito a que esses trabalhadores têm sido submetidos. O filtro de água exibido no vídeo não apresenta condições de uso, enfatizando a negligência com as condições de trabalho e saúde dos empregados.
A Equatorial emitiu uma nota oficial, divulgada ontem por este portal, informando que está acompanhando as negociações em andamento entre os funcionários da terceirizada e a empresa. O texto destaca que as atividades desempenhadas por esses trabalhadores não serão interrompidas, mas não aborda diretamente as demandas dos grevistas.
Por outro lado, existem vozes que acreditam que a Equatorial Energia tem um papel crucial a desempenhar nessa questão, uma vez que é a principal beneficiária dos serviços desses trabalhadores.
Otávio Barbosa, representante do Sindicato dos Urbanitários, expressou seu apoio à paralisação dos trabalhadores e argumentou que a Equatorial deve se envolver nas negociações: “Considerando o imenso lucro que obtém com o trabalho desses empregados, ela deve se envolver. Afinal, são eles que contribuem para os resultados positivos da empresa, enquanto enfrentam condições de trabalho precárias”, pondera. (Thays Araujo, com informações de Chagas Filho/TV Correio – SBT)