Correio de Carajás

Paraenses solidários em meio à pandemia da Covid-19

Na contramão de quem tenta lucrar durante a crise gerada pelo novo coronavírus, exemplos de solidariedade ganham espaço durante a pandemia. O Correio de Carajás mostra quem são essas pessoas que escolheram fazer a diferença.        

A dona de casa Antônia dos Santos ficou indignada ao saber do “preço absurdo” que alguns comerciantes estão cobrando em Parauapebas por máscaras descartáveis. Ela resolveu usar o dom de costurar e produzir máscaras de tecido, que são laváveis e doou para os colegas de trabalho do filho, que não tinham como adquirir o item.

Antônia abusou da criatividade, fez máscaras diferentes e estampadas para cada colega de profissão do rapaz. “Fico muito feliz em ajudar alguém. Tem muita gente que vai à farmácia e não pode comprar. É preciso união, ter consciência da gravidade do vírus e ser solidário”, defende.

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Por sua vez, a médica Gabriela Meira, que atua em Parauapebas, se disponibilizou nas redes sociais para atender, gratuitamente, de forma on-line, pessoas com sintomas ou dúvidas sobre a doença. “Apesar da minoria das pessoas evoluírem para o caso grave da doença, quanto mais cidadãos ficarem doentes, mais pessoas vão evoluir para o caso grave. Essa é a nossa preocupação”, justificou, ao explicar a atitude generosa.

Outro exemplo vem de Belém, onde há casos confirmados da Covid-19. O casal Patrícia e Felipe Safh colou um bilhete no elevador do prédio que moram com seguinte texto: “Se você tem mais de 60 anos, podemos ir ao mercado ou farmácia para você, sem problemas ou custo”.

Bilhete da solidariedade foi afixado por um casal para apoiar idosos

Patrícia destaca que ela e o marido não fazem parte do grupo de risco, “mas sabemos do perigo em sermos vetores de transmissão. Colocamos esse aviso no elevador, e o nosso objetivo é preservar aqueles que podem ser infectados de forma irreversível, além de tentar diminuir o quantitativo de gente circulando pelas ruas e supermercados ou farmácias”.

Patrícia defende que se cada um fizer a sua parte, “podemos mudar o rumo das previsões, que não são nada boas”. (Theíza Cristhine)