Correio de Carajás

Pará recebe do Ophir Loyola 34 novos médicos especialistas

O Hospital Ophir Loyola formou, no sábado (9), 34 novos especialistas, durante cerimônia no auditório do Conselho Regional de Medicina (CRM). O diferencial na formação dos profissionais é a assistência integrada ao ensino, própria de um hospital-escola, o que contribui com a excelência e a qualidade no atendimento. Aliando teoria e habilidades práticas, por meio do processo ensino-aprendizagem, a unidade confere à capital paraense um índice significativo para o diagnóstico da Saúde Oncológica.

A instituição é integrada à Rede de Serviço de Saúde em Oncologia, à Política Nacional de Oncologia do Ministério da Saúde (MS), à Secretaria Estadual de Saúde (Sespa) e à Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), atuando como alta complexidade no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Estamos disponibilizando mão de obra cada vez mais especializada e formada para atuar com as peculiaridades da região. Um profissional com formação em outra região se depararia com realidades completamente diferentes aqui. Portanto, a cada ano procuramos fundamentar e estruturar melhor nossos programas para garantir a melhor assistência  à população paraense”, destacou o coordenador de Comissão de Residência Médica do HOL, Eric Paschoal.

Leia mais:

Os primeiros programas de residência médica do país surgiram em 1940, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Mas somente em 1982 o Ophir Loyola foi certificado pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia como um dos programas mais antigos do Pará e seus programas de residência médica foram reconhecidos. Em 2009, a unidade passou a ser considerada como um Hospital de Ensino pelo Ministério da Educação.

O hospital já formou 586 médicos especialistas até este sábado. Porém, a tradição na formação médica iniciou bem antes da certificação como Hospital de Ensino, conforme explicou o diretor-geral, José Roberto Lobato.

“No hospital nasceu a primeira residência médica do Pará e iniciou-se, nos corredores e áreas livres do hospital, a Faculdade de Medicina da Universidade, e assim permaneceu por aproximadamente 15 anos. O HOL valoriza a assistência, o ensino e a pesquisa, e viabiliza um legado de conhecimento de excelência e valorização da saúde do SUS”, destacou José.

Especialidades – Os cursos, credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica do Ministério da Educação, são considerados de pós-graduação Latu Sensu. “O médico sai generalista de uma faculdade, na residência tem um formação ampliada e integrada com o que preconiza o SUS. Nossos residentes produziram um trabalho científico de qualidade, tiveram um treinamento de excelência e estão prontos para atuarem na área escolhida”, afirmou Tereza Cristina Azevedo, diretora de Ensino e Pesquisa do HOL.

Os novos especialistas atuarão nas áreas de Anestesiologia, Oncologia Clínica, Cirurgia Oncológica, Cirurgia Geral, Cirurgia Geral Programa Avançado, Clínica Médica, Mastologia, Nefrologia, Neurocirurgia, Urologia, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Endoscopia, Hematologia e Hemoterapia e Neurologia.

Todos apresentaram trabalhos científicos de conclusão durante jornada nos dias 7 e 8 de fevereiro, e os melhores trabalhos receberam, do primeiro ao terceiro lugar, as premiações: 1º Prêmio Dr. Ophir Pinto de Loyola, 2º Prêmio Dr. Vitor Moutinho da Conceição, 3º Prêmio Dr. Arnaldo Gama da Rocha.

Annanda Barbosa Guedes, de 31 anos, ficou em primeiro lugar, com o trabalho intitulado ‘Anormalidades Citogenéticas e Status Mutacional da Cadeia Pesada da Imunoglobulina em Pacientes com Leucemia Linfócita Crônica’, que trata de dois marcadores essenciais ao prognóstico da doença e ajudam na escolha de uma terapia direcionada. 

“Recebi um excelente suporte do Laboratório de Biologia Molecular e dos profissionais  da Hematologia, que direcionaram os residentes da melhor maneira possível. Desde a infância escolhi a medicina, sempre fui apaixonada pelo cuidado e preocupada com o próximo e a premiação é o reflexo de todo o esforço de todos os residentes durante uma rotina de dois ano no hospital”, afirmou a especialista em Hematologia e Hemoterapia.

(Agência Pará)