Em Nova Iorque (Estados Unidos), o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida, defendeu que na COP 30 – a ser realizada em Belém, em 2025 -, a redução das emissões de carbono nas florestas seja fortemente discutida pelos líderes mundiais.
“As COPs normalmente não discutem emissões relacionadas à floresta; elas discutem emissões relacionadas à indústria e à energia. Para Belém, nós temos que conectar a floresta, porque essas áreas são vitais para a manutenção da temperatura no mundo. Além disso, também precisamos discutir na COP as soluções econômicas baseadas na natureza”, disse Mauro O’de Almeida.
O secretário participou do evento “Café com Brasil – Road to COP 30”, promovido pela organização “Nature4Climate”, na quarta-feira (20), que reuniu representantes de setores críticos da ação climática no Brasil com o objetivo de compreender melhor os resultados desejados, agendas prioritárias e ideias para colaboração na criação de uma visão compartilhada para a entrega da COP 30, além de ações significativas sobre a natureza até 2030.
Leia mais:“Mesmo que a gente diminua o desmatamento na Amazônia, e nós vamos diminuir, principalmente no Pará, se não houver a diminuição das emissões dos países industrializados e desenvolvidos, a floresta continuará a ser degradada, porque só pelo fato de a temperatura aumentar muito é possível que haja degradação florestal”, explicou o secretário.
Carbono – Ainda na quarta-feira, o titular da Semas destacou a construção do Sistema Jurisdicional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa provenientes do Desmatamento e da Degradação florestal (Redd+), no Pará, durante participação no evento “Catalisando financiamento para a conservação das florestas tropicais através do mercado voluntário de carbono”. Um dos organizadores foi o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), com a diretora adjunta de Políticas Públicas, Gabriela Savian.
Mauro O’de Almeida falou sobre a implementação do sistema de Redd+ no Estado, que tem o objetivo de regular o mercado voluntário de carbono no território paraense, contando com a participação de Populações Quilombolas e Comunidades Tradicionais (PIQCTs).
(Agência Pará)