“A comunidade precisa compreender que para o mercado continuar aberto, as pessoas precisam ter critérios de bom senso quando vão até ele”, afirma Raimundo Nonato Júnior, presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá (ACIM), que tem cadeira Comitê de Gestão de Crise relacionado ao combate ao coronavírus na cidade.
Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (14), na Prefeitura Municipal de Marabá, Raimundo Júnior destacou que a reabertura do comércio pelo prefeito Sebastião Miranda – após ter sido fechado quando os primeiros casos foram notificados no Pará – foi uma conquista dos comerciantes, a partir do entendimento de que é necessário encontrar um ponto de equilíbrio entre a prevenção e a sobrevida do setor econômico do município.
“Evitando desemprego, evitando a quebradeira de micro, pequeno e médias empresas e, ainda, a redução drástica da arrecadação tributária que afeta diretamente o município, o Estado e também a União, que acaba ficando sem recursos, não conseguindo cumprir com as políticas públicas que são necessárias para atendimento da comunidade, principalmente a mais carente”, declarou.
Leia mais:Conforme ele, para que este cenário seja mantido, é necessário que tanto a população consumidora quanto a comunidade empresarial ajam de maneira colaborativa. “Se vai ao supermercado, só vai o pai de família. Se ele já for grupo de risco, vai um jovem da família. Não leve a família inteira para o supermercado. Que nós entendamos que não estamos em período de férias e que a comunidade deve sair para trabalhar ou para uma única pessoa da família suprir as necessidades do lar. De maneira colaborativa, nós vamos continuar com o comércio funcionando”, declarou.
Ressaltou a recomendação de que os comércios observem as regras de funcionamento estabelecidas em decretos. “O uso da força só subsiste quando o bom senso sai de cena, então se a pessoas compreenderem que todos ganham com a cooperação não haverá a necessidade do uso da força, que sempre vai trazer consequências ruins”.
Recomentou, ainda, que sejam cumpridas as exigências em relação ao controle do vírus. “Ofereçam as condições de higiene e o controle dos ambientes internos, com a ocupação de no máximo 50% dos espaços. Assim nós vamos não só manter o nosso negócio aberto como contribuir para que todo o restante do sistema também permaneça com autorização de funcionamento”, diz.
Segundo o presidente, com a reabertura um pouco maior já se percebe que o comércio alcança normalidade pouco mais próxima da ideal no município. “A comunidade empresarial já começa a ter sim um alívio de ver o pequeno movimento começando a surgir e, a partir daí, caminharmos para a normalidade”, finaliza. (Luciana Marschall e Ulisses Pompeu)