“A gente não pode deixar de arcar com as nossas necessidades. As contas continuam chegando. Ter conquistado essa vaga e viver esse novo desafio, depois de um tempo desempregada, me trouxe alegria e alívio muito grande”. O relato de Vittória Rique, 21 anos, é de quem comemora o recente retorno ao mercado de trabalho.
Vittória é uma das pessoas inseridas no saldo positivo alcançado pelo Pará na geração de empregos formais. Segundo novo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado na terça-feira (16), só em janeiro de 2021 o Pará gerou mais de 2 mil postos de trabalho, com ênfase nos setores do Comércio e da Indústria. O estudo é elaborado em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), com base em dados do Ministério da Economia, segundo o novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Vittória Rique conta que foi contratada por uma concessionária, na função de consultora de vendas. Para ela, que estava fora do mercado de trabalho, a contratação veio em boa hora. “A gente sabe que, apesar desse contexto de pandemia, as contas não param, as nossas necessidades continuam e a gente precisa ter suporte financeiro para isso. Tem sido uma experiência nova. Estou aprendendo muito, e ter conquistado essa vaga, justo nesse momento, fez toda a diferença”, afirma.
Leia mais:O estudo divulgado pelo Dieese aponta que em janeiro foram feitas, em todo o Pará, 25.208 admissões contra 23.069 desligamentos, o que gerou um saldo positivo de 2.139 postos de trabalhos formais. No mesmo período do ano passado (janeiro/2020), o Estado também apresentou crescimento de empregos formais, só que menor que o verificado este ano. Ano passado, foram registradas 24.884 admissões, contra 23.787 desligamentos, gerando um saldo positivo de 1.097 postos de trabalho no setor formal.
Situação crescente e positiva – Segundo Everson Costa, técnico do Dieese, o resultado é fruto de uma série de medidas adotadas pelo governo do Estado no processo de retomada econômica. “Nós iniciamos o ano de 2021 enfrentando inúmeras dificuldades, novas variantes da pandemia e o contexto econômico complicado. O Pará abre as informações do mundo do trabalho com 2.139 postos gerados. Esse saldo é o maior registrado entre os estados da região Norte. Em uma análise um pouco maior, o Pará gerou mais de 32 mil postos, o que coloca o nosso Estado em uma situação crescente e positiva. Com a permanência do plano de vacinação, junto ao pacote econômico apresentado pelo governo, certamente teremos um efeito positivo ao longo do primeiro semestre”, avalia.
O Dieese ainda reforça que nos últimos 12 meses o Pará foi o estado do Norte que apresentou a maior geração de empregos formais, com 32.552 postos. No ranking nacional, o Estado alcançou o 5º maior saldo, no comparativo entre admitidos e desligados.
Segundo o titular da Seaster, Inocencio Gasparim, o Governo do Pará tem trabalhado para propor ações que amenizem os impactos causados pela pandemia e ofereçam alternativas aos trabalhadores. “O Estado do Pará tem se adiantado com proposições e projetos econômicos, sobretudo aos mais vulneráveis, aos trabalhadores essenciais. Porém, sabemos que todos os setores têm sentido, e cabe a nós impulsionar este processo de retomada. O novo pacote econômico apresentado pelo Governo (R$ 500 milhões para reduzir os impactos da pandemia em vários setores) nos dá condições de pensarmos em situações melhores daqui pra frente. O momento é de responsabilidade, de cautela e de cuidado”, ressalta o secretário. (Agência Pará)