O corpo de Flávia Alves Bezerra foi sepultado na tarde desta sexta-feira (26), no Cemitério Parque, na Nova Marabá, sob clima de comoção e revolta da parte de familiares e amigos com a morte trágica da jovem tatuadora. Antes disso, houve um breve velório no meio da tarde, no ginásio da Escola Deuzuíta Melo, no Bairro Laranjeiras. Dado o estado do corpo, o caixão estava completamente fechado. Centenas de pessoas passaram pelo local e um grupo trajava camisetas com o clamor por “justiça”.
A equipe do CORREIO falou rapidamente no local com o advogado que representa os interesses da família, Diego Souza, o qual afirma que a intenção de momento é aguardar a conclusão do inquérito policial e a denúncia à Justiça, para que ele possa se habilitar no processo e acompanhar mais de perto o caminho até o julgamento dos acusados pelo crime.
Para os familiares de Flávia, o homem preso como acusado pelo crime, William Araújo Sousa, tinha uma obsessão pela vítima, exposta na forma de assédio em tentativas que fez de ficar com ela, as quais ela nunca cedeu, justamente por vê-lo apenas como um colega da mesma profissão, de tatuador. Na visão deles, o que houve no dia do sumiço dela foi o aceite de uma carona, mas que não configurava relação entre eles.
Leia mais:Os familiares da vítima também acreditam que o corpo dela estava dentro do carro de William em vídeo que circula nas redes sociais e que seria de câmera de segurança do residencial onde o acusado e a esposa moram.
Ida o MP
A manifestação que estava prevista para ontem às 17 horas e que cobraria respostas sobre pessoas desaparecidas em Marabá, acabou sendo desmarcada, diante do compromisso com o velório e enterro de Flávia.
De outro lado, um ato público será mobilizado para a semana que vem – em dia e horário a ser definido – na porta do Ministério Público do Estado, em Marabá, para pedir que as promotorias criminais fiquem atentas ao caso e atuem pela celeridade, tão logo a Polícia Civil conclua a sua parte.
(Milla Andrade e Patrick Roberto)