Notícia em todos os jornais do Brasil ontem (4), a pesquisa divulgada sobre os Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no País foi tema de várias falas na tribuna da Assembleia Legislativa (Alepa). Poucos dias depois de o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) ter divulgado a posição de lanterna do Pará na análise, agora mais uma vez figuramos entre os piores dos piores.
Impossível não se surpreender se for lembrado o bilionário acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), celebrado durante a gestão da então titular da pasta da Educação no Estado, Ana Cláudia Hage, no valor de R$ 1,4 bilhão de reais, em 2016. Tudo em nome do famigerado Pacto pela Educação, o nebuloso projeto da gestão de Simão Jatene que nunca disse a que veio.
Deputado estadual do PT, Airton Faleiro falou da necessidade de “choque de Governo” para tratar das questões estruturais. “Não tem programa de Governo para resolver. Não dá mais só para chorar os tristes índices. Estamos observando que as vagas para o Ensino Superior são ocupadas por gente de fora. Os daqui só entram quando os de fora desistem da vaga, já na segunda, terceira chamada”, lamentou o deputado.
Leia mais:“E tem gente defendendo que tem que continuar esse governo. Vai é acabar com a Educação Pública no Estado. Quando tem uma melhorazinha no Ensino Básico, é porque é só por esforço do município. Se o Jatene meter a mão, acaba”, detonou o líder do MDB no parlamento, Iran Lima.
“Onde o Estado está o Ideb diminui, impressionante, são os piores índices. O Pacto pela Educação é acabar com a Educação. Uma vergonha, professor desestimulado e escola sendo reformada com custo de R$ 6 milhões!”, indignou-se. Nenhum deputado da base de Simão Jatene repercutiu os números em seus discursos na tribuna, e os que foram procurados pela reportagem não quiseram dar entrevista sobre o assunto.
NOTAS
Com relação ao Ensino Médio, quando considerada apenas a rede estadual, que é responsável por 97% das matrículas nesta etapa, o Pará atingiu o 2º pior resultado do país. A meta estabelecida era de 4,0 pontos, mas os alunos registraram índice de 2,8. As instituições paraenses também não conseguiram alcançar a meta de 4.8 estabelecida pelo Ideb para os anos finais do ensino fundamental, alcançando apenas 3.3 pontos.
(Fonte:Diário do Pará)