A Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará), em conjunto com órgãos, associações e instituições estaduais, discute o planejamento de ações para suspender a vacinação de bovinos e bubalinos, bem como criar e manter condições sustentáveis que contribuam para que o Brasil seja um País com zonas livres de febre aftosa. Para a consolidação de futuras decisões, vários segmentos públicos e privados da pecuária estão envolvidos no Grupo de Trabalho (GT) e no Planejamento Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção de Febre Aftosa (Pnefa 2017-2026).
Em reuniões realizadas nesta semana, na Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Geraldo Moraes, apresentou informações para subsidiar o avanço do Pará na suspensão da vacinação. Ele também falou sobre anúncio e prazo para a retirada do calendário de imunização, entre outros critérios para o encaminhamento do processo, e a responsabilidade de cada setor envolvido.
O Pnefa é composto pelos setores público e privado, cujos governos estaduais são representados pelas secretarias de Agricultura e instituições vinculadas, responsáveis pela execução do Programa no âmbito estadual. No Pará, integram o Programa Nacional a Adepará, Sedap, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Ministério da Agricultura, Sindicato da Carne e Derivados do Estado do Pará e Federação de Agricultura, esta última representante do setor produtivo. O produtor rural também participa das discussões, a fim de que todos os grupos de interesse do setor agropecuário possam contribuir e avaliar o cenário para a tomada de decisão.
Responsabilidades – “A decisão precisa ser muito bem avaliada e estar em consonância com todas as instituições públicas e privadas, compartilhando as responsabilidades de todos os envolvidos neste processo, para que, de forma colaborativa, os atores avaliem o cenário para chegar a uma decisão do prazo de suspensão da vacinação ao Ministério da Agricultura”, destacou a gerente de Defesa Animal, Melanie Castro.
No Plano Estratégico, o Brasil foi dividido em blocos: Bloco I – região amazônica: Acre, Rondônia, parte do Amazonas e parte do Mato Grosso; Bloco II – região amazônica: Amazonas, Amapá, Pará e Roraima; Bloco III – região Nordeste: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte; Bloco IV – região central: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins, e Bloco V – região sul: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Esse agrupamento busca favorecer o processo de transição de zonas livres de febre aftosa com vacinação para livre sem vacinação de forma regionalizada, com início em 2017 e conclusão em 2026, quando todo o País alcançaria a condição de livre de febre aftosa sem vacinação, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). (Com Ag. Pará)