Correio de Carajás

Pará cai para 25º lugar no Ranking de Competitividade dos Estados

Quatro municípios paraenses estão entre os dez piores no quadro geral: Itaituba, Moju, Breves e Cametá/Foto: Reprodução
Por: Luciana Araújo

No Ranking de Competitividade dos Estados 2025, divulgado na quarta-feira (27), o Pará aparece em 25º lugar, registrando recuo em relação a 2024. O estudo avalia dez pilares, como economia, educação, saúde, segurança e infraestrutura, e mede o desempenho de cada estado em áreas estratégicas para o desenvolvimento. No levantamento, a segurança pública é o único pilar em que o Pará mantém desempenho relativamente melhor, enquanto municípios do estado figuram entre os piores do país, destacando desigualdades regionais profundas.

Entre os dez pilares avaliados, o Pará perdeu posições em inovação (23º, -3), potencial de mercado (16º, -7), sustentabilidade ambiental (24º, -5), solidez fiscal (23º, -4), educação (25º, -1), eficiência da máquina pública (24º, -1), infraestrutura (24º) e capital humano (17º). Segurança pública (13º) e sustentabilidade social (24º) apresentam desempenho mediano.

O recorte regional evidencia as desigualdades: a Região Norte concentra apenas 8,6% das cidades estudadas, mas 40% das dez últimas colocadas, 45% das 20 últimas e 38% das 50 últimas do país. No Pará, quatro municípios estão entre os dez piores no quadro geral: Itaituba, Moju, Breves e Cametá, enfrentando dificuldades em saneamento, saúde, educação básica, dinamismo econômico e transparência fiscal. Há exceções como Bragança em economia e Breves em meio ambiente, mas são insuficientes para compensar o quadro geral.

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Destaques:

  • Itaituba ocupa a última posição do país (418ª), com queda em instituições (412º), sociedade (418º) e economia (408º). Apresenta nota zero em sustentabilidade fiscal e saneamento, além de indicadores críticos em saúde, educação, segurança e telecomunicações. Pontos positivos incluem qualidade da educação (+106 posições, 265º) e meio ambiente (172º);
  • Moju (417º) mantém desempenho crítico em saúde e capital humano, mas avança em segurança (+45 posições, 223º);
  • Breves (416º) lidera nacionalmente em meio ambiente e registra melhora em capital humano (+48 posições, 70º), mas segue frágil em educação, saneamento, saúde e economia;
  • Cametá (415º) sofre com acesso à educação, saneamento e coleta de esgoto, mas apresenta avanço no indicador de alunos em tempo integral (+90 posições);
  • Barcarena (279º) se destaca em instituições (20º, +60) e sustentabilidade fiscal (3º, +33), enquanto sociedade (388º) e economia (283º) permanecem frágeis.
  • Belém (236º) avançou em instituições (98º, +118) e sociedade (318º, +40), mas recuou em economia (-83);
  • Na Região Metropolitana, Ananindeua (338º), Marituba (375º) e Castanhal (389º) exibem desempenho misto, com avanços pontuais em sociedade e instituições, mas recuos em economia;
  • No Oeste e Sudoeste, Santarém (340º) e Altamira (397º) mostram avanços em instituições, mas fragilidade em sociedade e economia, enquanto Itaituba reforça o recorte crítico;
  • No Nordeste paraense, Paragominas (350º) caiu 41 posições, e Bragança (374º) se destaca com salto expressivo em economia (+141 posições). Abaetetuba (399º) segue em situação desfavorável.

O ranking indica onde investir primeiro para que os resultados impactem diretamente o cotidiano da população, seja em ruas mais seguras, escolas com tempo integral, postos de saúde mais eficientes ou para que o saneamento básico que finalmente chegue às casas.