Correio de Carajás

Pantanal registra mais de 2 mil focos de incêndio em 13 dias

Segundo Inpe, os números representam um salto expressivo na região, que teve 57 casos no mesmo período em 2022, e têm relação com temperaturas acima da média.

Foto: reprodução

O Mato Grosso tem registrado temperaturas acima dos 40 °C, com umidade relativa do ar abaixo de 20%, o que tem provocado grandes incêndios na vegetação seca do Pantanal. As chamas já destruíram pelo menos 80 mil hectares, segundo autoridades que monitoram a região.

O Centro-Oeste tem sofrido com uma onda de calor e o número de queimadas disparou: foram registrados 2.256 focos de incêndio no Pantanal de 1º a 13 de novembro deste ano, contra 57 no mesmo período do ano passado, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais).

“A explicação para um número grande da quantidade de focos nesses meses é devido à condição ambiental, que está muito favorável devido à falta de precipitação. Temos falta de chuva e altas temperaturas”, explica Fabiano Morelli, chefe do Programa Queimadas no Inpe.

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Entre as áreas que estão queimando estão o Parque Nacional do Pantanal e o Parque Estadual Encontro das Águas. Nos dois casos, o fogo foi provocado por raios.

“Tá sendo muito comum, uma incidência muito grande de raios que está trazendo dificuldade, porque quando você inicia o combate por uma área e de repente faz que vai chover e acaba não acontecendo, a chuva não foi suficiente pra apagar aquele fogo que o raio provocou”, relata Ilvânio Martins, da Ecotrópica.

 

Os incêndios se concentram principalmente em locais de difícil acesso no Pantanal. Equipes de bombeiros, do Prevfogo e de organizações não governamentais estão trabalhando para controlar a situação na região. O governo federal enviou 90 brigadistas e quatro aeronaves para reforçar o combate ao fogo no Pantanal. O governo de Mato Grosso também anunciou o envio de 100 homens, dois aviões e um helicóptero.

Resgate de animais

 

Voluntários também estão atuando nas áreas que já queimaram para resgatar animais e tratar os que ficaram feridos.

“Os animais que não morrem queimados na hora ficam muito debilitados e não encontram recursos, nem água nem comida para recuperar as energias“, relata Gustavo Figueiroa, do SOS Pantanal.

(Fonte:G1)