Correio de Carajás

Palestina chama ataque de genocídio; Egito, Irã e Catar condenam

O bombardeio a um hospital na Faixa de Gaza nesta terça-feira (17) foi amplamente condenado por governos internacionais. Pelo menos 500 pessoas morreram no ataque, inicialmente atribuído a Israel pelo Ministério da Saúde de Gaza.

Palestinos feridos aguardam tratamento no hospital al-Shifa, na cidade de Gaza, centro da Faixa de Gaza, terça-feira, 17 de outubro de 2023. — Foto: AP Photo/Abed Khaled

O bombardeio a um hospital que deixou ao menos 500 mortos na Faixa de Gaza nesta terça-feira (17) foi amplamente condenado por governos internacionais.

O Ministério da Saúde de Gaza atribuiu o ataque a Israel. O país, no entanto, acusou a Jihad Islâmica de ser responsável pela ação. A Jihad Islâmica, outro grupo islâmico armado, também atua dentro de Gaza.

  • O Irã classificou o bombardeio como “um crime de guerra selvagem”, segundo a agência de notícias estatal iraniana.
  • O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, declarou luto oficial de três dias nos territórios palestinos (a Faixa de Gaza e a Cisjordânia) por conta das mortes no hospital de Gaza bombardeado por Israel. O porta-voz de Abbas chamou o ataque de um “genocídio” e uma “catástrofe humanitária”.
  • O Ministério de Relações Exteriores do Catar condenou o bombardeio e demonstrou preocupação com o crescimento dos alvos israelenses. “A extensão dos ataques israelenses na Faixa de Gaza incluir hospitais, escolas e outros centros populacionais é um escalonamento perigoso”, diz em nota.
  • O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, disse que o ataque ao hospital de Gaza foi “o exemplo mais recente dos ataques desprovidos dos valores humanos mais básicos” promovido por Israel.
  • O ministro turco das Relações Exteriores repudiou o que chamou de “ataque bárbaro”.
  • O governo do Egito também condenou o ataque de Israel e definiu o fato como “uma violação perigosa do Direito Internacional Humanitário”.

 

Atacar hospitais é crime de guerra

 

Atacar hospitais e instalações de saúde civis durante conflitos é crime de guerra, segundo o direito humanitário internacional. A proibição de ataque contra hospitais civis faz parte da Convenção de Genebra de 1949.

O artigo 18, Título II da IV convenção determina que cada hospital civil deve receber um documento que o certifique como centro de saúde civil.

Além disso, o local deve ser identificado como tal de forma visível por meio ou da cruz vermelha, ou do crescente vermelho ou do leão ou do sol vermelhos. Em qualquer um dos casos, o fundo deve ser branco. Israel está, desde julho de 1951, entre os Estados parte que se comprometeram a respeitar as Convenções de Genebra.

Pessoas ao redor de corpos de palestinos mortos em ataques de Israel ao hospital Ahli Arab, em Gaza; os corpos foram levados a outro hospital, o de Al-Shifa (Foto: Dawood Nemer/ AFP)
Imagens do hospital Al-Shifa, em Gaza, para onde foram levadas vítimas do ataque de Israel a outro hospital. (Foto: Anadolu via Reuters Connect)

(Fonte:G1)