Correio de Carajás

Pais de jovem não conseguem tirar corpo do IML

Os pais da jovem Naiury Pereira de Araújo, de 19 anos, vivem um drama em Marabá. Além de perderem a filha de forma trágica (ela foi morta, decapitada e teve o corpo jogado no rio Tocantins) não estão conseguindo levar os restos mortais da filha para casa para dar um funeral digno. É que, como a cabeça dela foi encontrada em Marabá e o corpo em Itupiranga (rio abaixo), o Instituto Médico Legal (IML) requereu exame de DNA para confirmar oficialmente que o cadáver achado em Itupiranga é mesmo da jovem. Por isso, os restos mortais só serão entregues para a família depois do resultado do DNA, que pode demorar até 30 dias.

Naiury teve a cabeça apartada do corpo e jogada no Rio Tocantins: barbárie/Foto: Divulgação

Dona Lauricilene Pereira e seu Clei Araújo não se conformam com a situação. Eles falam pouco sobre o que pode ter acontecido com a filha, que saiu de casa, na cidade de Tucuruí, no dia 4 deste mês e foi encontrada morta no sábado (10) por pescadores. O casal já identificou o corpo pelas roupas e tatuagem. Mas o médico legista do IML entende que é necessário o exame de DNA. Mesmo assim, os pais da vítima entendem que o cadáver poderia ser liberado para a família, independentemente do resultado do exame, pois, para eles, o teste do DNA é a apenas uma mera formalidade.

Outro corpo

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Dois dias antes da cabeça de Naiury ser encontrada, na altura da Folha 6 (Nova Marabá), outro corpo apareceu boiando na mesma área, perto de dois balneários. Esse corpo foi identificado como Marcelo Silva Lopes, de 25 anos. O pai dele fez o reconhecimento e a remoção do cadáver no IML.

Investigação

Como sempre, o Departamento de Homicídios, da Polícia Civil, mantém um angustiante sigilo sobre as investigações, de modo que não é possível afirmar que as duas mortes têm ligação, embora a cabeça da moça e o cadáver do homem tenham sido encontrados na mesma área e com diferença de apenas 48 horas. Além disso, ambos foram mortos a facadas.

De todo modo, os familiares das vítimas já foram ouvidos pelo delegado Toni Vargas, titular do Departamento de Homicídios, que começa a colocar as primeiras peças desse quebra-cabeças, mais um que ele tenta montar. (Chagas Filho)

Atualização: cerca de 40 minutos após a publicação desta matéria, o IML decidiu liberar os restos mortais de Naiury. Veja matéria completa aqui