Era por volta de meio-dia desta terça-feira (18) quando flagelados que atualmente ocupam o abrigo localizado na entrada da Marabá Pioneira fecharam a Avenida Antônio Maia. A principal reivindicação do grupo é a demora no pagamento do recurso de R$ 1.302 do Programa Recomeçar. Poucas horas depois, o major Felipe Galúcio, comandante do 5º Grupamento Bombeiro Militar, esteve no local para conversar com a população e sanar os questionamentos levantados pelos manifestantes.
Por lá, o major explicou que o Programa Recomeçar visa auxiliar o retorno dos flagelados à normalidade de suas vidas e será retomado ainda nesta semana. “Existe uma programação para recomeçar os pagamentos a partir de agora, sexta-feira (21)”. Ele complementa que nesta data será feito o pagamento do primeiro lote e, a partir da próxima segunda-feira (24), os pagamentos seguintes serão feitos gradualmente. O major frisa que não é possível realizar todos os pagamentos de uma vez só, devido à logística e análise gradual de cada caso.
Conforme os manifestantes, um boato se espalhou de que somente os flagelados que fizeram o cadastro junto à Defesa Civil em 2022 é que teriam direito a receber o recurso no ano atual. Aqueles que realizaram em 2023, diz a história, só iriam receber em 2024. Em resposta, o major Felipe Galúcio, garante que os beneficiados serão aqueles que realizaram o cadastro na ação realizada no 5º GBM, no último mês de março. “O CB utilizou a listagem repassada pela Defesa Civil para fazer o chamado”, detalha.
Leia mais:“Foram pagas 150 cotas logo de cara, com o ato do governador, inicialmente, mas depois seguiu a programação normal do Recomeçar, à medida que houvesse o recuo das águas”, diz Galúcio, asseverando que o recurso é destinado para que de fato as famílias recomecem suas vidas após a enchente, seja comprando móveis ou fazendo reformas em suas casas.
Questionado pelos manifestantes sobre o motivo de, no ano anterior, 2022, o benefício ter sido dado ao mesmo tempo para todos, ele contesta e afirma que o pagamento foi realizado progressivamente, como no ano atual.
SAIBA MAIS
O Programa Recomeçar distribui um recurso financeiro de um salário mínimo, atualmente no valor de R$ 1.302, para famílias que ocuparam abrigos municipais durante a enchente dos rios Tocantins e Itacaiunas.
Ou seja, a verba é destinada para aquelas famílias que ficaram desabrigadas pela cheia e tiveram de abandonar suas casas, ocupando os barracões da prefeitura. Passado esse primeiro momento, a ação irá atender os desabrigados que foram acolhidos em casas de amigos ou parentes. (Luciana Araújo e Thays Araujo)