Jaqueline Mesquita da Silva procurou o Portal Correio de Carajás nesta quarta-feira (27), alegando estar “indignada” por não conseguir fazer o teste rápido para a Covid-19 na rede municipal de Parauapebas, mesmo apresentando os sintomas.
O pai de Jaqueline foi o primeiro a apresentar os sintomas e foi atendido no último dia 22, sexta-feira, e está internado no Hospital de Campanha. A filha alega que houve demora no atendimento ao pai. “Ele ficou o dia todo lá, fizeram vários exames nele, mas o teste mesmo não deu positivo, foi a tomografia que deu que o pulmão dele estava de 25% a 50%”.
Segundo ela, logo depois os familiares começaram a apresentar os mesmos sintomas. “Agora o que está acontecendo é que a minha avó tem 61 anos e está com todos os sintomas, a minha tia, os meus primos. Eu praticamente não estou com sintomas ainda porque fui ter contato com ele agora esses dias, mas está todo mundo indo procurar a rede do município, chega lá não tem vaga, não tem médico para fazer os exames”, reclama.
Leia mais:Jaqueline alega que os familiares gostariam de se precaver para não acabarem internados. Os sintomas apresentados por eles são tosse, febre, dor de cabeça, dor no peito e nas costas.
O Correio de Carajás procurou a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) a qual orientou como os pacientes devem proceder em casos suspeitos, como o de Jaqueline. Conforme o órgão, os testes rápidos realizados no Pronto Socorro do Hospital Geral de Parauapebas (HGP) e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) são para pessoas sintomáticas, que poderão realizar o exame também nas Unidades Polo: UBS Guanabara, UBS Jardim Canadá, UBS Liberdade 1 e UBS Minérios.
“Reforçando que somente quem tem um quadro sintomático, ou seja, pessoas que estão com tosse, com febre, falta de ar e com sintomas há, no mínimo, oito dias poderão fazer os exames, pois antes deste período, o resultado é negativo ou inconclusivo”, destacou a nota. A Semsa destaca, ainda, que muitos pacientes chegam ao atendimento com dois, três ou quatro dias, e são orientados a retornarem para suas residências, mantendo isolamento social.
Sobre o caso específico de Jaqueline, a Semsa orientou a procurar uma UBS Polo, perto da residência dela, mas destacou que lá ela passará por avaliação médica e, “conforme o quadro clínico, irá fazer o teste rápido”.
A orientação é para que o paciente, antes de recorrer à unidade de saúde, primeiro entre em contato com o Disk-Covid, para receber uma avaliação da equipe e, assim, evitar a sobrecarga no atendimento. O Disk-Covid oferece atendimento exclusivamente pelo whatsapp por meio do número (31) 98625-3239, que funciona 24 horas por dia e é gratuito.
Com relação ao quadro médico, a Prefeitura Municipal garante que todas as unidades estão com a equipe completa, porém, com o aumento pela procura, isso tem feito que o tempo de espera aumente. (Theíza Cristhine)