Correio de Carajás

Operação resgata 5 trabalhadores em situação análoga à escravidão

Ação iniciou no dia 11 de abril e foi coordenada por auditores-fiscais do trabalho. Dono da fazenda quitou as verbas trabalhistas e rescisórias e assinou TAC com a Defensoria Pública da União e o Ministério Público do Trabalho.

Operação resgata trabalhadores em fazenda no Pará. — Foto: Divulgação

Uma operação resgatou cinco trabalhadores de escravidão contemporânea em uma fazenda em Senador José Porfírio, no sudoeste do Pará. A ação iniciou no dia 11 de abril e foi coordenada por auditores-fiscais do trabalho.

Os auditores fiscais flagraram durante a operação cenas de condições degradantes e de servidão por dívidas, já que o empregador não pagava o salário aos trabalhadores.

A saída dos trabalhadores da fazendo só era permitida quando as supostas dívidas fossem quitadas: “daqui só sai pagando ou carregado”, teria declarado o empregador.

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As pessoas resgatadas trabalhavam com a derrubada da vegetação nativa, roçado e a construção de cercas. Eles ficavam alojados em dois barracos cobertos por lona plástica e palha.

Os trabalhadores retiravam água e se banhavam em uma nascente porque nos barracos onde viviam não tinha banheiros. As necessidades fisiológicas eram feitas na mata.

Foram resgatados três homens adultos, uma mulher adulta e sua sobrinha adolescente, com 14 anos, que cozinhava para o grupo. A equipe de fiscalização encontrou ainda uma criança de um ano e quatro meses que estava com a mãe na fazenda desde setembro de 2022.

Trabalhadores ficavam alojados em dois barracos cobertos por lona plástica e palha. — Foto: Divulgação
Trabalhadores ficavam alojados em dois barracos cobertos por lona plástica e palha. — Foto: Divulgação

Responsabilização

 

O dono da fazenda quitou as verbas trabalhistas e rescisórias e assinou Termo de Ajustamento de Conduta com a Defensoria Pública da União e o Ministério Público do Trabalho.

A Justiça Federal proibiu o empregador de aproximar-se a menos de um quilômetro dos trabalhadores resgatados. Autos de Infração serão lavrados pela Auditoria Fiscal do Trabalho e os inquéritos criminais seguirão o rito processual na Polícia Federal e no MPF.

As assistências sociais foram comunicadas e estão encarregadas do acolhimento aos trabalhadores.

(Fonte:G1)