A Polícia Civil do Pará e o Ministério Público Estadual do Estado do Pará deflagraram, na manhã desta sexta-feira (26), a Operação Meiose, dando cumprimento a seis mandados de busca e apreensão e a três mandados de prisão, emitidos pelo juízo criminal da Comarca de Redenção. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Conceição do Araguaia, Rio Maria e Redenção.
A operação policial visa combater uma quadrilha que atua na região, especializada nos popularmente chamados de crimes “do colarinho branco”, dos mais variados, dentre eles: lavagem de dinheiro, estelionato, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informática, e associação criminosa.
A investigação, sob presidência do Delegado de Polícia Civil Lúcio Flavio Andrade, do Núcleo de Inteligência Policial, descobriu que a associação criminosa se aperfeiçoou na emissão de documentos falsos, criando pessoas fictícias, com os quais a quadrilha atuava na contratação dos mais variados serviços e produtos bancários.
Leia mais:“Uma vez criada uma pessoa fictícia, o grupo criminoso passava a aplicar vários golpes, como por exemplo, comprar veículos de luxo, financiados e alienados, nos nomes falsos, para os revender. Descobrimos um montante, somente em veículos, no valor de mais de 3 milhões de Reais. Temos os mais variados veículos, de caminhões, a Camaro Amarelo e caminhonetes de luxo”, explica o Delegado.
Apontado como líder da associação criminosa Danner Rhegis Gomes Vieira, conhecido pelo apelido de Régis, foi preso nesta manhã, na Fazenda Amanda Gabriela, no município de Conceição do Araguaia, em cumprimento aos mandados e ordens judiciais. Na companhia de Régis, também foi presa Jordânia Soares de Souza, esposa dele.
O ex-identificador civil do município de Rio Maria, identificado como Rufino Brasil Neto também foi preso. Ele é apontado como um dos integrantes da associação responsável pela inserção dos dados falsos no sistema oficial que criava as identidades falsas.
Após a análise de todos os documentos e objetos apreendidos na data de hoje, e com as prisões efetuadas, acredita-se que novos crimes e novos integrantes do grupo criminoso possam ser descobertos.
Na operação policial foram apreendidos diversos veículos de luxo, quadriciclo, e inclusive uma PC/retroescavadeira, orçada em cerca de R$ 500 mil todos comprados de forma fraudulenta, em nomes falsos e financiados pelo sistema bancário.
(O Liberal)