A operação ‘Cartão Vermelho’, deflagrada pela Polícia Civil (PC) cumpre mandados de prisão e busca e apreensão em Belém e na Região Metropolitana (RMB) nesta quarta-feira (10), contra torcidas organizadas no Pará, após a terceira morte de torcedor apenas neste ano.
De acordo com a corporação, ao menos 23 pessoas já foram presas, por meio da Diretoria de Operações Especiais e da Divisão de Homicídios, suspeitos de homicídios, lesão corporal e fabricação de artefatos explosivos. Entre eles, conforme a PC, estão os suspeitos de envolvimento nas mortes de Thiago Aryan Silva e Silva e José Carlos Oliveira da Silva, cometidas por torcidas organizadas após um Re-Pa no dia quatro de fevereiro deste ano.
A operação cumpre, no total, 30 mandados de prisão, entre temporárias e preventivas, e 28 mandados de busca e apreensão. Entre os itens apreendidos, estão uma pistola e aparelhos celulares. Ao todo mais de 200 policiais e 50 viaturas foram empenhados na ação, que ocorre juntamente à proibição de seis torcidas organizadas em estádios durante jogos do Remo e do Paysandu.
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Morte de terceiro torcedor
No último domingo (7), durante uma partida entre os clubes, Paulo Alexandre Silva Dias, de 29 anos, torcedor do Remo, morreu depois de ter sido baleado.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), o suspeito de efetuar os disparos é o sargento da reserva da Polícia Militar (PM) Cristóvão Augusto Alcântara Evangelista, que se apresentou na delegacia nesta terça-feira (9) e foi preso temporariamente.
Sandro Mauro Costa da Silveira, advogado do PM, negou que ele seja o autor dos disparos que matou a vítima. “Ele não é o autor dos disparos que vitimou o cidadão. Foram 4 disparos para cima para manter a sua integridade física. Para se proteger e manter as pessoas que estavam no entorno dele”, disse o advogado.
(Fonte:G1)