📅 Publicado em 23/10/2025 11h20✏️ Atualizado em 23/10/2025 15h42
Uma grande operação policial, batizada de “Ponto Crítico III”, foi deflagrada nesta quinta-feira (23) pela Polícia Civil em uma ação de alcance interestadual, que resultou na prisão do indivíduo Adonias Pereira dos Santos Júnior, conhecido como “Júnior Bocão”, envolvido com o tráfico de drogas. Kauã Mendes Pimentel, conhecido como “Kauanzinho” ou “G3” também foi preso pelo crime de homicídio.
Conforme apurado pelo CORREIO, “Júnior Bocão” foi preso preventivamente no Bairro Liberdade, enquanto o segundo suspeito foi capturado no Bairro Bela Vista, por meio de um mandado de prisão temporária, em razão de dois homicídios.
De acordo com o superintendente regional da Polícia Civil em Marabá, delegado Antônio Mororó, a operação cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão em diversos municípios do Pará, além de outros estados. “É uma ação a nível estadual, mas que também teve mandados cumpridos no Maranhão e em Goiânia”, explica.
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O superintendente destaca ainda que o trabalho é resultado de uma gestão voltada à atuação de campo. “Isso ratifica o compromisso que assumimos quando chegamos à superintendência, uma gestão operacional, de linha de frente. Até o presente momento, já computamos 20 prisões realizadas, sendo a maioria de caráter preventivo”, informa.
Entre os alvos presos nesta quinta, “Júnior Bocão” foi identificado como um dos principais traficantes da região do Bairro Liberdade, atuando no crime há mais de oito anos. Conforme a Polícia Civil, durante o cumprimento do mandado foram encontradas drogas e munições no local. Apesar de nunca ter sido preso, o homem já era investigado por outros crimes relacionados ao tráfico.
O outro investigado preso pela polícia é acusado de estar envolvido em dois homicídios atribuídos a uma facção criminosa. Segundo a Polícia Civil, as mortes foram motivadas por disputas internas. Um dos crimes teria ocorrido há cerca de 15 dias, na Folha 6, durante um “tribunal do crime”. A vítima, Thiello Souza Fernandes foi assassinada em 03 de agosto de 2025, onde foi brutalmente espancada, além de ter tido sua residência incendiada após o crime.
Segundo a Polícia Civil, a motivação aponta para vingança, uma vez que Thiello foi erroneamente apontado como o autor do homicídio de Edinalvo Paixão Coelho, vulgo “Tripinha”, ocorrido horas antes.
Apesar da gravidade dos casos, o combate às facções tem avançado na região. “A operação ainda está em andamento, mas já é um sucesso. Criminosos perigosos envolvidos com tráfico e homicídio foram tirados de circulação”, conclui.
O delegado ainda reforça que o sucesso da operação se deve à união entre as forças de segurança e à participação da sociedade. “A Polícia Civil está de portas abertas. Temos nossos canais de denúncia e garantimos o sigilo da informação”.
Após as prisões, os investigados foram apresentados na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, onde permanecem à disposição da Justiça. Novas diligências estão sendo realizadas com o objetivo de localizar outros criminosos no Pará e em outros estados, onde novas prisões podem ocorrer nos próximos dias.