Correio de Carajás

Operação envolvendo policiais do Pará, Goiás e Tocantins termina com seis mortos

Operação envolvendo policiais do Pará, Goiás e Tocantins termina com seis mortos

Mais dois suspeitos de assalto a bancos e carros-fortes foram mortos nessa quarta-feira, 6, em confronto com a polícia na região central do Tocantins, em uma operação que iniciou no final do mês passado.  A operação, batizada de “Horus Divisa”, começou no último dia 24 de outubro, e foi encerrada nesta quinta, 7, com saldo de seis mortos, sendo um policial.

A força-tarefa envolveu as polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal com 200 agentes dos estados do Pará, Goiás e Tocantins. A ação contou ainda com o participação do Ministério da Justiça, com suporte de helicópteros na caçada aos bandidos.

Um helicóptero da Segurança Pública do Tocantins também participou das buscas que teve o aporte de 60 viaturas policiais. Ao todo, foram 14 dias de buscas aos criminosos que estavam escondidos após atacar agências bancárias no Pará e Tocantins.

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Os coordenadores da operação acreditam que com a morte dos dois bandidos hoje não exista mais criminosos escondidos e, por isso, decidiram encerrar as buscas. A operação terminou com seis bandidos e um policial militar mortos.

Os corpos dos dois últimos suspeitos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Palmas (TO). Com os suspeitos mortos foram encontrados um fuzil AK 47 calibre 7,62, dois fuzis calibre 5,56, duas pistolas calibre .40, e um revólver calibre 38. Também foram encontradas 500 munições de vários calibres.

De acordo com a força tarefa envolvida na operação, os criminosos mortos eram do Ceará e altamente perigosos. Todos integravam o grupo criminoso ‘Quadrilha dos Pipoca’, especializada em assalto a bancos, tendo praticado vários ataques a agências bancárias em outros estados do País. Eles também eram conhecidos como matadores de policiais.

Os acusados mortos identificados até agora são Elineudo Oliveira Silva, conhecido como “Neudo Pipoca”, de 43 anos; e Elineuton Oliveira Silva, 41 anos. Os dois nasceram e moravam na cidade de Quixadá, no Sertão Central do Ceará. Também já foram identificados Paulo Sérgio de Oliveira, 33 anos, o “Paulo Pipoca”; e Ângelo Márcio Rodrigues, 38 anos, o “Márcio Pipoca”.  A polícia ainda não divulgou a identificação dos dois últimos mortos.

O policial morto na operação é o sargento Américo Gama, da Policia Militar do Tocantins. O policial integrava a corporação desde 1992 e atualmente fazia parte da Equipe de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), pertencente ao Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque).

Operação

A Operação “Horus Divisa” foi deflagrada após a tentativa de roubo de um carro-forte ocorrida em 24 de outubro em uma estrada vicinal, na saída para Araguacema (TO). O veículo fazia o transporte de valores daquela cidade para o município de Pequizeiro, também no Tocantins, quando foi surpreendido por uma camionete ocupada com cinco indivíduos encapuzados.

Houve tiroteio com os seguranças e os criminosos não conseguiram roubar o carro-forte. No mesmo dia, cinco homens roubaram um veículo Palio Weekend e R$ 5 mil de uma fazenda.

O veículo foi abandonado com diversos objetos no interior como redes, barracas, anti-inflamatórios, mantimentos, roupas e itens de higiene pessoal. Na caçada aos assaltantes, no dia 31 de outubro dois homens morreram durante confronto com a PM, entre as cidades de Goianorte e Araguacema.

Os bandidos estariam tentando resgatar os comparsas que participaram do ataque ao carro-forte e estavam escondidos na mata. Mesmo com a operação em curso, no último dia 1º, bandidos atacaram um posto de atendimento bancário do Bradesco em Pequizeiro.

A Polícia Militar iniciou diligências e no final da manhã em um novo confronto aconteceu e sargento Américo Gama foi baleado e não resistiu.  As buscas pelos criminosos seguiu e ontem, em novo confronto, dois suspeitos mortos em uma área de mata na região de Pequizeiro.

Quadrilha

Morto na operação,  “Elineudo Pipoca” era apontado como chefe da “Quadrilha dos Pipoca“. Ele e outros quatro integrantes do bando tiveram habeas corpus concedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão homologada, no dia 8 de março de 2017.

O organização criminosa foi presa em janeiro de 2015, suspeita de atacar um comboio composto de três carros-fortes no município de Russas (CE). Além desta acusação, os “Pipocas’ teriam atuado contra instituições financeiras também nos Estados do Maranhão, Rio Grande do Norte, Pará e Mato Grosso.

Além dos bandidos mortos, os outros integrantes da quadrilha identificados pela polícia são Raimundo Nonato Rodrigues da Silva, o “Raimundo da Vertente”, 34 anos; e Antônio Ricardo Germano de Lima, o “Ricardo da Vila Rica”, 31.

 (Tina Santos – com informações da Secretaria de Segurança do Tocantins)