Correio de Carajás

Onda de homicídios em Marabá registra 10 mortes em 16 dias

Desde o dia 30 de outubro, Marabá vem registrando uma série de homicídios que têm deixado a população local apreensiva. A Polícia Civil está investigando os casos e levantando informações sobre as possíveis similaridades, ou não, entre as ocorrências. Até o momento, dez homicídios foram registrados, sendo que três deles já têm autoria identificada.

Em entrevista à reportagem deste CORREIO, o superintendente de Polícia Civil do Sudeste, delegado Vinicius Cardoso, destacou algumas semelhanças entre as vítimas. Das nove, duas não tinham endereço fixo e eram pessoas em situação de rua. Além disso, cinco eram usuários de entorpecentes, e três estavam envolvidas em crimes de furto, levantando a possibilidade de relação com atividades ilícitas anteriores.
Com relação ao Modus Operandi, seis casos envolvem o uso de arma de fogo, indicando uma preferência por esse método letal. Duas vítimas foram executadas com arma branca e uma única foi morta por disparo não identificado.
PADRÃO
Acerca do perfil, o delegado informa que cinco vítimas eram usuárias de entorpecentes, sugerindo uma possível relação entre o uso de drogas e a vulnerabilidade a crimes violentos. Três vítimas estavam envolvidas em crimes de furto, apontando para uma possível ligação entre atividades ilícitas anteriores e os homicídios. Duas vítimas não tinham endereço fixo e eram consideradas em situação de rua.

CENÁRIO

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Sobre o contexto, dos homicídios, quatro ocorreram em residências particulares, o que pode indicar uma vulnerabilidade significativa mesmo em ambientes considerados seguros. Três casos ocorreram em vias públicas, sugerindo que a violência não está restrita a espaços privados. Dois homicídios foram cometidos em terrenos baldios, possivelmente indicando áreas menos vigiadas.

Diante da possível relação com facções criminosas, o delegado Vinicius menciona que aproximadamente três a quatro casos podem ter envolvimento com facções criminosas, destacando a presença de disputas entre grupos.

RAZÕES

Questionado sobre as motivações, ele diz que em dois casos, as vítimas foram surpreendidas por disparos enquanto estavam em atividades cotidianas, como lavagem de carro ou consumo de bebidas alcoólicas. Um caso envolveu uma vítima em liberdade provisória por furto, recebendo ameaças, indicando uma possível ligação entre crimes anteriores e o homicídio.

E por fim, uma discussão durante uma bebedeira resultou em um homicídio por arma branca.

RESPONSÁVEIS

Dos nove casos, apenas três têm autoria certa até o momento, refletindo um desafio para as autoridades na resolução desses crimes. (Thays Araujo)