Correio de Carajás

Oito mil filhotes de tartaruga são soltos no Rio Araguaia

Cerca de oito mil filhotes de Tartaruga da Amazônia foram soltos no Rio Araguaia, através do Projeto Quelônios do Araguaia. A reintegração da espécie a natureza transcorreu no sábado, 26, em Santa Maria das Barreiras, região sul do Estado. Na ocasião, também foi realizada a 11ª Canoagem Ecológica, passeio náutico com dezenas de participantes de três estados: Pará, Tocantins e Mato Grosso. A programação contou com a participação expressiva da população local e de visitantes.

Inicialmente, foi realizada a soltura das tartarugas em frente à orla da cidade, posteriormente os quelônios foram soltos em áreas estratégicas, em contato com a areia e, em tese, longe de predadores. A programação foi realizada pela Prefeitura de Santa Maria das Barreiras, através das Secretarias de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) e de Turismo. O evento contou com a presença do prefeito Adriano Salomão (MDB), do secretário de Meio Ambiente, Cristóvão, e de outras autoridades locais.

População prestigiou a soltura dos filhotes no Rio Araguaia/Foto:Wallefh Soares Souza

Durante a programação, foi apresentado o ciclo de vida das tartarugas, através de imagens em vídeos e cartazes, visando promover a conscientização sobre o risco de extinção da espécie devido à caça predatória, a degradação ambiental e a ameaça de predadores como jacarés. Segundo os organizadores, a ideia é realizar o projeto todos os anos, favorecendo assim a preservação da espécie na bacia hidrográfica do Rio Araguaia.

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“Os técnicos da SEMARH, com apoio de ribeirinhos e indígenas, localizam os ninhos com os ovos em situação de risco, que são recolhidos e levados para um berçário natural e posteriormente para um viveiro, onde são monitorados e alimentados até a fase que atinjam um tamanho propício para serem reintegrados à natureza”, explicou Cristóvão Bezerra, secretário de Meio Ambiente.

Filhotes foram reintegrados à natureza/Foto: Wallefh Soares Souza

Segundo ele, no contexto natural, apenas 5% dos filhotes sobrevivem. Já através do projeto, em torno de 45% a 50% atingem a idade adulta. (Delmiro Silva)